A maior licitação do Distrito Federal, estimada em cerca de 2 bilhões de reais, para a prestação dos serviços de coleta de lixo e limpeza urbana, ainda não teve um desfecho, apesar de se arrastar há dois anos. Mas pode trazer surpresas para a população da capital, já que a empresa vencedora de um dos lotes, a Consita, braço de atuação no Brasil da portuguesa Suma, quer mostrar aqui o que a tornou referência na Europa no setor de ambiente e no tratamento de resíduos.
O grupo Consita/Suma atua em seis países de quatro continentes, atingindo mais de 12 milhões de pessoas, com o diferencial de transformar resíduos em bens valiosos para a sociedade. São pelo menos 300 unidades de beneficiamento de resíduos incluindo estações de transferência, coleta seletiva, centros de triagem, plantas de tratamento orgânico, plantas de geração de energia através do lixo e aterros sanitários, além de ações de conscientização ambiental.
Desde que se integrou à União Europeia, Portugal caminhou a passos largos em diversos setores, um deles foi exatamente o de tratamento de resíduos, em que quase metade do país é atendido pelo grupo Suma.
Em Brasília, o grupo se comprometeu a colocar em prática a sua expertise nas etapas definidas dentro do escopo da licitação – de serviços de coleta e transporte de resíduos sólidos urbanos. Estão contempladas as coletas seletiva, manual e a mecanizada de entulhos. Além disso, os serviços de varrição mecanizada e manual de unidades de transbordo e outras prestações complementares, o que inclui contêineres semienterrados.
A médio e longo prazos, o grupo quer também disponibilizar sua experiência em atividades relacionadas ao aproveitamento tecnológico, geração de energia, reciclagem, triagem e gestão de aterros sanitários. Isto poderia ser feito por meio de parcerias público-privadas ou, se houver, privatização dos serviços.
No Brasil, o grupo já atua em diversos municípios, entre eles Belo Horizonte e em São Paulo, capital. Mas quer fazer de Brasília uma vitrine especial para mostrar o que pode ser feito de diferente e mais moderno num dos itens sempre apontados pela população nas pesquisas como deficiente e insatisfatório.