O presidente Jair Bolsonaro apontou a existência de um general (embora da reserva) dentro do seu governo. Trata-se, segundo ele, de Luiz Rocha Paiva, integrante do Conselho de Anistia. ‘É uma melancia; verde por fora (com a farda) e vermelho por dentro’, escreveu o presidente em postagem no Twitter na manhã deste domingo, 21.
Na mesma mensagem Bolsonaro negou que tenha feito críticas aos nordestinos. Ele sustenta que comentou com o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que, dos governadores do Nordeste, “o pior é o do Maranhão. Foi o que falei reservadamente. Nenhuma crítica ao povo nordestino, meus irmãos”.
Depois ele enfatizou que “o melhor de tudo foi ver um único general, Luiz Rocha Paiva, se aliar ao PCdoB de Flávio Dino (governador do Maranhão), para me chamar de antipatriótico. Sem querer descobrimos um melancia, defensor da Guerrilha do Araguaia, em pleno século XXI”.
Um trecho de conversa reservada do presidente com o ministro foi captado por microfones. “Daqueles governadores de ‘paraíba’, o pior é o do Maranhão; tem que ter nada com esse cara”, afirmou Bolsonaro, segundo versão degravada.
Em, declarações prestadas ao jornal O Estado de S.Paulo, publicadas no sábado, 20, o general Rocha Paiva disse que o comentário de Bolsonaro sobre os governadores nordestinos era “antipatriótico” e “incoerente”.
— Tem que ter calma, mas mostrar para ele o quanto perdeu com essa grosseria com que menosprezou uma região do Brasil e seus habitantes. Um comentário antipatriótico e incoerente para quem diz ‘Brasil acima de tudo’ — avaliou o militar, que negou ao jornal defender os governadores do Nordeste, mas sim, seus “irmãos nordestinos”. — O Nordeste é o berço do Brasil. Sabia disto, presidente?, declarou o militar.