“Estou chocada, estou tremendo, tenho certeza que meu filho não está envolvido nisso, não. Eu acho que foi um erro tamanho”, disse à Folha de S.Paulo a mãe do rapaz, Marta Elias Santos. “Eu desconheço [o suposto envolvimento], não passa na minha cabeça uma coisa dessa.”
Santos é um dos quatro presos temporariamente pela Polícia Federal por suspeita de ter atacado celulares de autoridades como o ex-juiz e ministro da Justiça, Sergio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato em Curitiba.
Os quatro foram transferidos para Brasília e levados para a Superintendência da PF do Distrito Federal. A ação, batizada de Operação Spoofing, foi determinada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira.
Depoimento
Além dele, há uma mulher, cujo nome revelado é Suellen Priscila de Oliveira. A pedido da defesa, a Polícia Federal adiou o depoimento de ambos para quando o advogado que os defenderá, Ariovaldo Moreira, estiver em Brasília.
A PF prendeu também Walter Delgatti Neto, em Araraquara. Há ainda um quarto preso, de Ribeirão Preto, que não foi identificado.
O advogado de Santos, Ariovaldo Moreira, disse que conhece o rapaz há anos e nunca soube de envolvimento dele com atividades de hackers.
Sinais rastreados
A Folha apurou que a PF chegou aos suspeitos por meio da perícia criminal federal, que conseguiu rastrear os sinais dos ataques aos telefones. Para investigadores, o grau de capacidade técnica dos hackers não era alt