Investigadores da Polícia Civil de Cristalina (GO), no Entorno do Distrito Federal, ficaram chocados com a frieza do adolescente de 17 anos acusado de estuprar e matar a jovem Amanda dos Santos Silva, 15, na tarde de sexta-feira (02/08/2019). O menor confessou que premeditou todos os detalhes do crime e que seu desejo era, de fato, tirar a vida da garota que havia se recusado ter um relacionamento com ele.
Em depoimento na delegacia, o adolescente, que morava no mesmo lote da vítima, contou que ficou de tocaia até Amanda passar pela rua, para depois ameaçá-la com um facão e depois cometer a barbárie contra a jovem. O corpo da jovem foi enterrado na manhã de terça (06/08/2019), no cemitério da cidade distante a 130 quilômetros do DF.
De acordo com o suspeito, após render a garota e levá-la a um dos cômodos da casa onde ele morava, no povoado de Marajó, a cerca de de 50km do centro de Cristalina, o adolescente tomou comprimidos de Rohypnol e também obrigou a vítima a ingerir o medicamento. “Desde então, ele disse não se recordar dos momentos do estupro e do assassinato, mas confirmou que desejava a morte dela por ter sido rejeitado e jurou que ia matá-la. Quando foi apreendido, estava sob forte efeito da droga”, disse o delegado de Cristalina, Fabiano Medeiros.
O crime chocou os moradores da cidade goiana, que ainda tentaram linchar o suspeito antes da chegada de viaturas da Polícia Militar. Momentos antes do crime, o pai de Amanda, Francisco Alves Leitão da Silva, 37, que é cadeirante, ouviu os gritos de agonia da filha, mas, em razão de sua imobilidade, não conseguiu arrombar a porta.
Instantes depois, dois vizinhos o ajudaram e invadiram o cômodo, onde encontraram a adolescente já nua e ensanguentada. “O pai da vítima gritou para que cessassem as agressões, mas foi ignorado”, consta na ocorrência policial.
O menor será transferido nesta quinta-feira (08/08/2019) para o Centro de Atendimento Socioeducativo de Goiânia. Ele responderá pelos atos infracionais análogos aos crimes de feminicídio e estupro. Poderá ficar apreendido por até três anos.
Veja foto da vítima:
Um texto de despedida escrito pelo autor do ato infracional confirma que ele premeditou o crime. Apesar de nas mensagens garantir que tiraria a própria vida, ele não cumpriu a promessa.