A cifra faz parte de um megapacote de obras preparado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para o segundo semestre de 2019. O custo, estimado em R$ 1 bilhão, prevê ainda reformas em escolas e hospitais públicos, calçadas e nas principais avenidas de regiões administrativas.
Segundo o secretário de Obras, Izídio Santos, vão ser lançadas as licitações para a manutenção das pontes JK e Costa e Silva, entre outros empreendimentos. “São obras necessárias”, resumiu o gestor. Até então, a reforma do elevado com o nome do fundador de Brasília estava travada na Justiça, mas o governo conseguiu superar o entrave e vai colocar o pregão na rua em breve. “Será uma obra de manutenção e reforço da estrutura”, explicou.
O aposentado Carlos Pinto, 46, concorda que são necessários reparos. Ele e o filho Mateus, 5 anos, observam a Ponte JK de um ângulo diferente: praticantes da canoa havaiana, remam diariamente pelo Lago Paranoá, passando por baixo do local. “Às vezes ouvimos muito barulho nas juntas de dilatação, e a pintura precisa de uma demão nova”, diz.
“Nós temos, aqui no DF, mais de 800 pontes e viadutos. Há alguns meses estamos com grupos de estudo e colocamos a sociedade civil junto conosco. Estamos fazendo vistorias em viadutos com professores e alunos de universidades. Toda semana, fazemos entre sete e 10 inspeções”, disse o secretário Izídio Santos.Alagamentos
Além da Ponte JK, uma das prioridades do GDF é combater os alagamentos. A Secretaria de Obras montou uma força-tarefa com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) para minimizar os danos das próximas chuvas na Asa Norte.
O governo fará uma série de intervenções na altura das quadras 2, 9 e 10 para mitigar futuros alagamentos na região. De acordo com Izídio, o grupo negocia autorização com o Consórcio Arenaplex para fazer pequenas obras de contenção pluvial. “Grande parte das águas desce pelos estacionamentos do Mané Garrincha e do Nilson Nelson”, argumentou.
O grupo também trabalha no desentupimento de bocas de lobo e galerias pluviais. Segundo o secretário, o ideal seria colocar na praça o projeto de atualização da rede de drenagem, o Drenar DF. Mas não há consenso com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O órgão exige a revisão do projeto original com a substituição das lagoas de contenção a céu aberto por unidades cobertas. “Mas isso não vai sair este ano. Então, vamos com ações mitigatórias”, destacou.
O governo também vai lançar os editais para a reforma das quadras comerciais 509, 510, 513 e 514 da W3 Sul. Pelas contas da pasta de Obras, cada trecho custará R$ 1 milhão. Ou seja, o custo total é de R$ 4 milhões.
Em parceria com os comerciantes, o GDF já trabalha na reforma da 511 e 512. De acordo com o secretário, o Palácio do Buriti espera reformar toda avenida até o primeiro semestre de 2021. Nesta linha, o GDF quer promover melhorias nas principais vias de cada cidade. O projeto para a reforma da pista do Gama está pronto. A obra vai custar R$ 7 milhões.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), decidiu lançar o pacotão de obras por partes. Os recursos virão dos cofres públicos de Brasília e de emendas parlamentares da Câmara Legislativa e do Congresso Nacional.
Nessa quinta-feira (08/08/2019), o emedebista lançou uma fatia de R$ 426,8 milhões, em sete grande obras. Além desses projetos, o Buriti pretende iniciar outros, a exemplo do Hospital Oncológico. Segundo o secretário de Obras, o empreendimento está em fase avançada e tem condições de lançamento neste ano.
De acordo com Izídio Santos, outro projeto que começará a andar é o viaduto da Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig), para melhorar o trânsito entre o Sudoeste e o Parque da Cidade.
Com financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF), a obra custará R$ 30 milhões. “Também avançamos no projeto do Túnel de Taguatinga. O projeto vai precisar de um reajustamento. Acho que vamos começar a obra ano que vem”, disse Izídio. O custo inicial do projeto estava estimado em R$ 200 milhões, mas o valor ainda não está fechado.