A deputada federal Flordelis(PSD-RJ) acusa o filho Wagner Andrade dos Santos, conhecido como vereador Misael, de ter omitido em depoimento à polícia a informação de que teria apagado mensagens do celular do pastor Anderson do Carmo, assassinado há pouco mais de dois meses. A parlamentar garante que todos ao redor dela sabem que está falando a verdade.
Em depoimento dado na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, no Rio de Janeiro, Misael, que também é pastor, disse que Flordelis confessou ter danificado o celular de Anderson após o assassinato. Em seguida, teria lançado fora o aparelho. Segundo o rapaz, a mãe escreveu em um caderno: “Nós quebramos o celular do Niel [apelido de Anderson] e jogamos na ponte Rio-Niterói”.
Flordelis, em nota enviada à imprensa nesta quinta-feira (22/08/2019), rechaça o depoimento do filho. A parlamentar diz que Misael não contou ter apagado mensagens do celular do pastor Anderson do Carmo, além de questionar o conteúdo dessas conversas. A viúva, no entanto, não desmente a acusação do filho de que ela quebrou o telefone.
“Sobre o celular, por que Misael não contou que no dia do velório mandou um amigo da família ir lá em casa tirar do carregador e levar pra ele e, quando o rapaz chegou, Misael apagou um monte de coisas. Agora eu pergunto: Apagou o quê? E printou outras, depois fotografou, sem que o rapaz percebesse, devolvendo o aparelho para afirmar depois que me foi entregue”, questiona a congressista.
O celular da vítima está desaparecido desde o dia do assassinato. A Polícia Civil acredita que informações importantes podem estar no aparelho. Os telefones de Flordelis e Flávio dos Santos também não foram encontrados.
Por fim, a deputada diz estar adoecida com a morte do marido. “Estou fraca, doente, tendo que trabalhar me arrastando porque preciso honrar os votos que recebi e cuidar da minha família. Porque nada nem ninguém vai destruir tudo que construímos juntos”, salienta.
Na semana passada, Flávio e Lucas dos Santos foram indiciados pela morte do pastor Anderson do Carmo. Eles estavam presos desde o dia 17 de junho, um dia após a execução. Agora, os investigadores procuraram possíveis mandantes. A deputada Flordelis, segundo a Polícia Civil, pode estar envolvida no caso.
“Não responderei mais nada para imprensa, a menos que meu advogado me diga que é extremamente necessário. Não sei se alguém sabe, me ensine, por favor, como guerrear contra seus próprios filhos?”, complementa a parlamentar, no comunicado