Ministros do STF, no entanto, estão descrentes quanto à possibilidade de Fux pedir vista, o que deixaria a corte mais suscetível a novas pressões da gestão Donald Trump.
Uma movimentação recente de Luiz Fux foi interpretada por colegas da corte como o gesto mais claro de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) não pretende pedir vista e nem paralisar o julgamento de Jair Bolsonaro na trama golpista.
Na sessão da Primeira Turma realizada na terça-feira (19), Fux participou de conversas com outros ministros sobre o cronograma de votos. A ação começa a ser julgada em 2 de setembro. Segundo integrantes do colegiado, o ministro falou com os colegas sobre a data em que está prevista sua manifestação, sem dar qualquer sinal de que pedirá mais tempo para analisar o processo.
Fux será o terceiro a votar, após o relator do caso, Alexandre de Moraes, e o ministro Flávio Dino. A previsão é que o voto de Moraes seja apresentado na segunda semana de julgamento, no dia 9 de setembro. Depois de Fux, votam Cármen Lúcia e Cristiano Zanin — este último por presidir a Primeira Turma.
Nas conversas que mantém com interlocutores, Jair Bolsonaro demonstra esperança de que Fux peça vista e paralise o julgamento. O cenário ideal traçado por aliados do ex-presidente seria que o ministro utilizasse os 90 dias permitidos pela medida para adiar o processo até meados de 2026, ano eleitoral.
Ministros do STF, no entanto, estão descrentes quanto à possibilidade de Fux pedir vista, o que deixaria a corte mais suscetível a novas pressões da gestão Donald Trump.
Correio de Santa Maria, com informações do STF
