Sexta-feira, 05/09/25

Psicóloga infantil escondeu marido acusado de abusar de crianças em Goiânia, diz PM

Psicóloga infantil escondeu marido acusado de abusar de crianças em Goiânia, diz PM (Foto: PM)

Homem foi denunciado por uma das vítimas, que teria sofrido violência oito anos atrás. Pelo menos outras duas crianças foram abusadas

Um homem de 40 anos foi preso por equipes Rotam em Goiânia, na tarde de domingo (24), acusado de praticar abuso contra pelo menos três meninas menores de idade. Uma delas, que hoje está com 15 anos, relatou ter sido violentada aos sete. Os crimes envolveriam outras duas crianças de 13 e de seis anos, todas da mesma família.

De acordo com a Polícia Militar, o homem tem diversas passagens pela polícia e dois mandados de prisão pelo crime de estupro de vulnerável. Ele estava foragido havia seis meses e foi localizado na residência da esposa dele, que é psicóloga infantil e que teria auxiliado o criminoso a se esconder.

Após a prisão, o homem foi encaminhado à Central Geral de Flagrantes para as devidas providências legais.

Estupro de vulnerável em Goiás

Goiás registrou 793 casos de estupro de vulnerável contra crianças e adolescentes nos quatro primeiros meses de 2025. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP), que também incluem 458 notificações de maus-tratos e 162 de importunação sexual. Já levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria expõe que cerca de 80% das agressões contra crianças de até 14 anos acontecem dentro de casa. Estes casos são frequentemente cometidos por familiares ou pessoas próximas.

Devido a esta situação, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude, realiza a campanha de conscientização Maio Laranja para ampliar o debate social sobre um crime que, em sua maioria, ocorre em ambientes de confiança da vítima. “O agressor geralmente é alguém do convívio da criança, e isso reforça a necessidade de uma atuação integrada entre Justiça, escolas, profissionais da saúde, segurança pública e sociedade civil para romper o silêncio e garantir o acolhimento adequado às vítimas”, afirmou a coordenadora da Infância e Juventude do TJGO, juíza Célia Regina Lara.

Conforme a magistrada, qualquer cidadão pode e deve denunciar situações suspeitas, utilizando canais como o Disque 100, Polícia Militar (190), Conselho Tutelar e Delegacias Especializadas. “O Maio Laranja é um chamado à responsabilidade coletiva. O silêncio não pode proteger o agressor. A proteção das crianças e adolescentes é dever de todos nós.”

O Judiciário do Estado possui instrumentos como a escuta especializada e o depoimento especial – previstos na Lei nº 13.431/2017 – como ferramentas para proteger a vítima de novas revitimizações durante o processo judicial. Outras ações no período são os gibis educativos “Chega pra lá!” e “Depoimento Especial”, elaborados pelo TJGO como instrumentos de conscientização e orientação no combate a esse tipo de violência. Há, ainda, uma campanha digital foi produzida para ampliar o alcance da mensagem junto à população.

Va citar que a mobilização nacional tem como marco o dia 18 de maio, instituído pela Lei nº 9.970/2000 como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Correio de Santa Maria, com informações da Polícia Militar (GO)

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