Quarta-feira, 03/09/25

Quem é o empresário que tentou fugir de lancha de operação da PF contra PCC

O empresário é sócio-administrador a F2 Holding Investimentos, no Paraná Imagem: Reprodução/TV Globo.

O empresário Rafael Renard Gineste, um dos presos na megaoperação contra o PCC na quinta-feira, tentou fugir de lancha após a ação ser deflagrada. Ele já havia sido condenado por corrupção ativa em 2016.

Quem é o empresário

Rafael Renard Gineste, 45, é sócio-administrador da F2 Holding Investimentos Ltda. Segundo os investigadores, seria integrante do núcleo financeiros da organização, que movimentava valores usando empresas de fachada e holdings. As empresas, postos de combustíveis e fundos de investimento serviriam para dar aparência de licitude aos recursos.

Empresário já tinha sido condenado por corrupção ativa. Segundo publicação da Amapar (Associação dos Magistrados do Paraná), o juiz Juliano Nanuncio, da 3ª Vara Criminal de Londrina, condenou, em 2016, 42 réus na Operação Publicano, entre eles Rafael Renard Gineste, que recebeu pena de quatro anos e oito meses por pagar propina a auditores da Receita Estadual.

Registros judiciais reforçam a participação dele no caso. O nome de Gineste aparece em processos do Tribunal de Justiça do Paraná e em habeas corpus analisado pelo Superior Tribunal de Justiça, confirmando sua ligação com o esquema.

O nome de Gineste não aparece no processo que detalha as compras atribuídas ao PCC. A reportagem não localizou a defesa do empresário, que permanece com espaço aberto para manifestação.

O empresário mantém uma vida online discreta, com poucas citações em redes sociais ou registros públicos. Fora os processos judiciais e a ligação com a F2 Holding, quase não há referências abertas sobre ele.

Entenda a megaoperação

A prisão ocorreu durante a Operação Carbono Oculto, a maior já feita contra a infiltração do PCC na economia. Ao todo, uma força-tarefa composta por 1.400 agentes da Polícia Federal, da Receita Federal e do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) cumpriu 200 mandados de busca e apreensão contra 350 alvos em dez estados.

A megaoperação investiga um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis, comandado pelo PCC. Segundo a Receita, o esquema movimentou R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, principalmente por meio de postos de combustíveis usados para lavar dinheiro.

Esquema também utilizava fundos de investimentos para ocultar patrimônios de origem ilícita e tem indícios de ligação com o PCC. Segundo a PF, eram feitas transações de compra e venda de imóveis e títulos entre empresas do mesmo grupo.

Receita identificou 40 fundos de investimentos, com patrimônio de R$ 30 bilhões, controlados pelo PCC. As operações aconteciam no mercado financeiro de São Paulo, através de membros infiltrados na Avenida Faria Lima.

Correio de Santa Maria, com informações do jornal O Estado de S. Paulo

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