O Brasil colheu resultados parciais de um recente ajuste nas tarifas de importação implementadas pelos Estados Unidos. Embora a decisão não elimine completamente as barreiras comerciais impostas anteriormente, ela representa um alívio para alguns setores da economia brasileira, em especial o de suco de laranja.
A medida anunciada pelo governo americano suspende uma alíquota de 10% que havia sido aplicada a diversos países, incluindo o Brasil, em abril. No entanto, a tarifa adicional de 40%, imposta em agosto sobre uma parcela significativa das exportações brasileiras, permanece em vigor.
Apesar das limitações, a redução geral impacta positivamente produtos como café, cortes de carne bovina, açaí, castanha-do-pará, tapioca, mandioca e frutas como banana, laranja e coco. Com essa mudança, a fatia das exportações brasileiras isentas de tarifas extras adotadas durante o governo americano passou de 23% para 26%, representando um total de aproximadamente US$ 10 bilhões em vendas para os EUA.
O setor de suco de laranja é o que mais se beneficia dessa alteração, com exportações anuais para os Estados Unidos totalizando cerca de US$ 1,2 bilhão. Aproximadamente 40% de todo o suco de laranja exportado pelo Brasil, cuja produção se concentra no estado de São Paulo, tem como destino o mercado americano. Anteriormente isento da tarifa de 40%, o suco de laranja agora também está livre da taxa de 10%.
O governo brasileiro continua buscando a redução da tarifa de 40% sobre o café, alegando que a taxa é desproporcional, considerando que o Brasil é o maior fornecedor de café para os Estados Unidos.
Representantes do governo brasileiro estão à frente das negociações com os Estados Unidos para tentar reduzir as tarifas de 40%. Há expectativa de uma viagem aos Estados Unidos após a Cúpula do Clima, embora ainda não haja data confirmada. O governo demonstra otimismo em relação à possibilidade de novos avanços nas negociações.
As tarifas de 40% foram adotadas em resposta a questões políticas internas do Brasil e aplicam-se a uma vasta gama de produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, somadas às taxas recíprocas de 10% anunciadas anteriormente.
As negociações entre os dois países se intensificaram nos últimos meses, com encontros entre autoridades dos dois países. O governo brasileiro apresentou uma proposta aos americanos e aguarda uma resposta.
A decisão americana de suspender parte das tarifas de 10% foi motivada por fatores internos, como o aumento da inflação nos Estados Unidos. O preço do café, em particular, tem contribuído para a inflação, e a tarifa imposta sobre a produção brasileira estava agravando essa situação.
O Brasil é um importante fornecedor de outros produtos agrícolas para os Estados Unidos, como mangas e goiabas. O país também é o maior exportador de carne bovina do mundo, e os EUA são o segundo maior mercado para o produto brasileiro. A suspensão das tarifas sobre a carne bovina também deve beneficiar outros países exportadores.
A suspensão das tarifas sobre a carne também deve beneficiar outros países exportadores. A decisão de reduzir tarifas indica uma mudança de postura do governo americano, que enfrenta pressão devido ao aumento dos preços para os consumidores.
Fonte: g1.globo.com






