Alerj decide sobre prisão de Rodrigo Bacellar
A sessão plenária da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que aprovou o projeto de resolução para soltar o presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi palco de confusão e bate-boca entre os deputados.
Votação na CCJ e divergências
A proposta já havia sido aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), por 4 votos a 3. Três parlamentares divergiram: PT e PSB votaram contra a revogação, enquanto Luiz Paulo (PSD) rejeitou a tese apresentada pelo presidente da comissão, Rodrigo Amorim (União), e defendeu a separação da análise entre prisão e afastamento da presidência.
Discussão sobre formato da votação
No plenário, a discussão subiu de tom durante o debate sobre o formato da declaração de voto. A orientação inicial era que os deputados apenas registrassem “sim” ou “não”, sem discursos. A esquerda defendeu manter até dois minutos para justificativas, enquanto conservadores pressionaram pela votação imediata, alegando que as falas prolongadas atrasariam o rito.
A maioria foi atingida após votação aberta entre os 70 parlamentares, como determina a Constituição em casos de prisão de deputados estaduais. Para derrubar a prisão, eram necessários 36 votos — número alcançado pelo plenário, que referendou a decisão da CCJ.
Com a aprovação, o projeto seguirá para publicação no Diário Oficial e será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pela decisão final sobre a soltura. Bacellar foi preso na última semana por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
O presidente da Alerj é investigado por supostamente vazar informações sigilosas para beneficiar uma pessoa, também presa. Segundo a Justiça do Rio, uma pessoa mantinha relações com o crime organizado, facilitando a compra e venda de drogas, fuzis e armas antidrones para criminosos do Complexo do Alemão.








