Defesa de ex-secretário do DF
O advogado de Fernando Sousa, ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, sustentou que o ex-gestor “não tem qualquer vínculo com a organização criminosa”. Fernando é um dos seis réus do núcleo 2 da tentativa de golpe de Estado.
Segundo o advogado Guilherme de Mattos Fontes, “em nenhum aspecto Fernando concorreu ou contribuiu para a empreitada criminosa”. O advogado ainda afirmou que Fernando “enfrentou a baderna” no dia 8 de janeiro.
A defesa ainda alegou que, durante a investigação, não foram encontradas mensagens entre o então diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, ou relação íntima com Anderson Torres.
Militância política
O advogado ainda afirmou que Fernando “nunca teve militância política, filiação partidária, redes sociais, discursos ideológicos, como é, ou deveria ser, próprio de um delegado de polícia”. Segundo a defesa, ele foi o primeiro a agir após os atos de 8 de janeiro.
“Ainda no calor dos acontecimento no dia 8 de janeiro, foi quem determinou as primeiras prisões em flagrante naquela ocasião. Da mesma forma, instaurou o gabinete de crise, recebeu e acompanhou o interventor, Ricardo Cappelli”, completou o advogado.
Denúncia
Fernando, delegado suspenso da Polícia Federal, foi denunciado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, entre outros. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontou que Fernando Sousa, “mesmo ciente da escalada de violência e dos riscos iminentes, não tomou ações enérgicas para evitar a depredação dos prédios públicos” nos atos de 8 de Janeiro.
Os réus do julgamento do núcleo 2 são: Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro que acompanha o julgamento desta terça no STF; Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal e ex-secretário-adjunto da Secretaria de Segurança Pública do DF; Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro; Mário Fernandes, general da reserva do Exército; Marília Ferreira de Alencar, delegada da Polícia Federal e ex-subsecretária de Segurança Pública do Distrito Federal; e Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).








