Especialistas elogiam lei australiana que proíbe redes a menores de 16 anos
Especialistas brasileiros elogiam a lei australiana que entrou em vigor nesta semana, que proíbe menores de 16 anos de acessarem as redes sociais, como o TikTok, o Instagram e o YouTube. As plataformas podem receber multa de quase 50 milhões de dólares australianos, o equivalente a R$ 180 milhões. O objetivo é proteger crianças do tempo excessivo nas telas e de conteúdos nocivos, sem supervisão, como pornografia, relações abusivas, grupos de ódio e criminosos. Já os críticos dizem que a lei é difícil de ser fiscalizada.
Medida é necessária, dizem especialistas
Os três especialistas com quem nossa produção conversou, enfatizaram que alguma medida para mudar a forma como os adolescentes usam as redes é necessária, seja pela regulamentação ou classificação etária, ou pela educação digital, para desenvolver o senso crítico sobre os conteúdos.
Segundo Peu Fonseca, orientador familiar, a decisão do governo australiano é corajosa e poderia ser replicada em outros países, enquanto adolescentes não dão conta de elaborar as questões colocadas nas redes.
Opiniões
A educadora Sheile Calef, que trata sobre proteção à violência sexual e online, também considera a proibição uma medida acertada, mas as ações precisam ir além, como a aplicação do Estatuto Digital da Criança e do Adolescente, que se tornou lei em setembro deste ano.
Já a psicóloga Áquila da Anunciação diz que o foco não é a proibição, mas sim acompanhar a relação que o adolescente estabelece com as redes. Não adianta proibir e os adultos não serem uma boa referência no uso da tecnologia.
De acordo com a agência Reuters, França, Dinamarca, Malásia e outros países afirmaram que planejam seguir o modelo australiano de proibir as redes sociais para adolescentes.








