Sexta-feira, 12/12/25

Anistia a Bolsonaro é “sonho de verão”, diz relator

Anistia a Bolsonaro é "sonho de verão", diz relator
Anistia a Bolsonaro é "sonho de verão", diz relator | Imagem: Reprodução

Anistia a Bolsonaro é “sonho de verão”, diz relator

O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto de lei da anistia aos condenados pelos atos do 8 de Janeiro, afirmou que não há possibilidade de perdão ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele também descreveu a expectativa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como um “sonho de verão”.

Redução de penas em debate

Paulinho defende que o projeto trate de uma redução parcial de penas, e não de um perdão “amplo, geral e irrestrito”, como desejavam.

Flávio Bolsonaro, que lançou a pré-candidatura à Presidência da República em 2026, disse que um eventual recuo dele teria a anistia como preço.

Paulinho afirmou que o Partido Liberal (PL) não pode tentar alterar o texto apresentado por ele.

“Se o PL, partido do Flávio Bolsonaro, topar votar o meu relatório, está resolvido, vamos votar, segundo o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Se quiserem fazer emenda, destaque, não tem votação”, disse Paulinho.

“Não tem nenhuma possibilidade de anistia. Essa história do Flávio é um sonho de verão. Nós não temos força para votar a anistia”, completou.

Reuniões e divergências

Em setembro, Paulinho da Força se reuniu com Flávio Bolsonaro. Após o encontro, Flávio concordou em pautar a anistia na Câmara, mas faria “emendas” ao texto.

No Congresso Nacional, deputados e senadores podem apresentar emendas ou destaques a um projeto de lei e alterar o conteúdo de seu texto. No caso, a emenda que o PL pretende apresentar busca ampliar o perdão que a anistia alcançaria.

Antes de se encontrar com Flávio, Paulinho da Força se reuniu com a bancada do PL. Os parlamentares do partido de Bolsonaro hostilizaram o relator da anistia.

As críticas levaram o líder do PL na Câmara, Sostenes Cavalcante (RJ), a pedir desculpas ao relator.

No sábado, Flávio disse que a aprovação da anistia ainda neste ano é a prioridade.

Ele foi ironizado pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). “Não tem ambiente político no Brasil. Se eles fazem isso, Lula cresce cinco pontos”, disse, se referindo a pesquisas eleitorais.

*Com informações de Estadão Conteúdo

T LB

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