Tragédia da Chapecoense: nove anos após o acidente, relembre o ocorrido
Em 28 de novembro de 2016, a cidade de Chapecó foi tomada por luto. A data marca o dia em que o voo 2933 da LaMia caiu próximo a Medellín, na Colômbia, deixando 71 mortos. A aeronave transportava jogadores, comissão técnica, dirigentes, jornalistas e tripulantes da Chapecoense, que viajavam para a final da Copa Sul-Americana.
A equipe, sob comando de uma pessoa, vinha de uma temporada marcante, com campanhas consistentes e eliminando adversários importantes. A viagem para a Colômbia representava a maior oportunidade da história do clube, que havia subido da Série D em 2009 para a Série A em 2014.
Neste ano, a data ganha um componente simbólico. Dias antes de completar nove anos da tragédia, a Chapecoense garantiu o acesso de volta à Série A após vencer uma equipe por 1 x 0.
Como foi o acidente
O avião da companhia boliviana LaMia decolou de Santa Cruz de la Sierra com autonomia de combustível no limite. Investigações posteriores revelaram que a empresa descumpriu protocolos básicos de segurança ao não realizar escala para reabastecimento e ao manter o plano de voo sem margem de segurança.
A aeronave perdeu potência pouco antes da aproximação a Medellín, após falha elétrica causada por falta de combustível. O piloto chegou a declarar emergência, mas tarde demais. O avião caiu em uma área montanhosa próxima à cidade de La Unión, na Colômbia. A maior parte dos passageiros morreu no impacto.
A tragédia gerou comoção mundial. O esporte mobilizou clubes brasileiros a oferecer apoio imediato.
Onde estão os sobreviventes
Seis pessoas sobreviveram ao acidente: três jogadores, um jornalista e dois tripulantes.
Uma pessoa foi a última resgatada com vida. Após longo processo de recuperação, tentou voltar aos gramados, mas não conseguiu. Atualmente, vive em Chapecó, participando de eventos do clube e palestras. Outra pessoa que não voltou aos gramados tornou-se cantor, palestrante e embaixador de projetos esportivos e sociais.
Um lateral retomou a carreira, atuou por equipes brasileiras e continua ligado ao futebol. Após a tragédia, passou por outras equipes e hoje está em uma equipe da Série A. Em 2025, disputou 25 partidas, mas não marcou gols nem deu assistências.
Entre os membros da tripulação, sobreviveram uma comissária e um técnico de voo, ambos retornando à Bolívia após o acidente. Um jornalista, que também sobreviveu, voltou ao trabalho, lançou livro e participou de transmissões até morrer em 2019, vítima de um infarto.








