Segunda-feira, 01/12/25

BRB pede à Justiça para atuar como assistente de acusação contra o Banco Master

BRB pede à Justiça para atuar como assistente de acusação contra o Banco Master
BRB pede à Justiça para atuar como assistente de acusação contra o Banco Master | Imagem: Reprodução

BRB busca atuar como assistente de acusação

O Conselho de Administração do BRB (Banco de Brasília) decidiu nesta sexta-feira (28) que vai pedir à Justiça para atuar agora como assistente de acusação no processo relacionado à operação com o Banco Master, de uma pessoa.

A decisão foi informada à Folha pelo banco regional. “O BRB informa que seu Conselho de Administração (Consad) deliberou e aprovou hoje (28) que irá solicitar à Justiça que o Banco atue como assistente de acusação no processo relacionado à operação com o banco Master”, disse o BRB.

Mudança de postura do BRB

Com a decisão desta sexta, o Banco de Brasília passa de comprador do Master para possível acusador. A aquisição de 58% das ações do Master, aprovada pelo Conselho de Administração do BRB em março, só não se concretizou por ter sido barrada pelo Banco Central em setembro.

A investigação do BC, do Ministério do Público Federal e da Polícia Federal aponta que o Master teria forjado e vendido cerca de R$ 12,2 bilhões em carteiras de crédito consignado para o BRB. A compra da instituição, segundo os investigadores, foi aprovada para mascarar a operação e salvar o banco de uma pessoa.

O BRB reafirmou nesta sexta que “é credor na liquidação extrajudicial” do Master e reforçou seus controles internos.

“As carteiras atuais seguem padrão adequado, e o banco permanece sólido e colaborando com as autoridades. Todo o processo de substituição de carteiras e adição de garantias, prática prevista em contrato, foi reportado e acompanhado pelo Banco Central”, disse a instituição.

Desdobramentos da Operação Compliance Zero

A Operação Compliance Zero, deflagrada no último dia 18, culminou na liquidação do Master, na prisão de uma pessoa e no afastamento do ex-presidente do BRB Paulo Henrique Costa -demitido posteriormente pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

Nesta sexta, a desembargadora Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, concedeu liminar em habeas corpus determinando a soltura de uma pessoa e de todos os outros investigados na operação.

Nelson Souza assumiu a presidência do BRB após autorização do Banco Central, na quarta (26). Ele também precisou ser sabatinado e aprovado pela CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal) porque o Governo do Distrito Federal é o principal acionista do banco.

T LB

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