Eduardo Bolsonaro erra ao tratar Tarcísio como ameaça; o bolsonarismo só se fortalece com alianças, não com divisões.
Por Vital Furtado
Unidos pelo Capitão: a força está na união !
No atual cenário político, em que a oposição se fortalece a cada dia, a união é mais do que necessária. Quem está a favor do Capitão não pode ser considerado inimigo, mas aliado. Qualquer movimento que contribua para o fortalecimento do mesmo campo deve ser visto como oportunidade de crescimento e não como ameaça. O momento exige maturidade e visão estratégica, e não disputas internas que fragilizam o coletivo.
Quando Eduardo Bolsonaro afirma que Tarcísio de Freitas representa uma “ameaça” ao espaço da família, sua fala soa precipitada e até infantil. Política não é herança, tampouco campo exclusivo de uma só família. É um espaço de ideias, de representatividade e de lideranças que surgem para fortalecer um projeto maior. Ao encarar Tarcísio como rival, Eduardo deixa escapar a chance de consolidar alianças que podem ser cruciais no futuro.
Tarcísio, ao contrário do que muitos pensam, não trabalha contra Bolsonaro, mas ao lado dele. Foi escolhido a dedo pelo próprio Capitão para disputar e governar São Paulo, e sua atuação tem mostrado resultados consistentes. Ele não representa uma ameaça à família Bolsonaro, mas sim um reforço político que amplia a presença do bolsonarismo em um estado estratégico para o Brasil.

Ao alimentar rivalidades internas, corre-se o risco de repetir erros que já custaram caro em outros momentos da política brasileira. A oposição agradece quando vê a base de apoio do Capitão dividida. Cada palavra mal colocada, cada gesto de disputa por espaço, apenas fortalece os adversários, que esperam justamente por fissuras para ampliar sua força. A divisão interna é a arma mais perigosa contra qualquer projeto político.
O bolsonarismo, enquanto movimento, é maior do que qualquer nome individual. É uma corrente de pensamento, de valores e de princípios que encontrou eco em milhões de brasileiros. Tentar restringir esse movimento apenas à família Bolsonaro é um equívoco. O futuro exige ampliar, agregar e acolher novas lideranças que possam carregar adiante essa bandeira, com fidelidade aos ideais que conquistaram o povo.
Portanto, é hora de maturidade. Ao invés de disputas desnecessárias, é preciso construir pontes, unir forças e fortalecer a base política. Eduardo Bolsonaro precisa compreender que Tarcísio não está contra, mas a favor. E quem está a favor do Capitão jamais pode ser tratado como ameaça, mas como aliado indispensável na luta contra um sistema que deseja enfraquecer o movimento de todos que acreditam no mesmo ideal.
Opinião – Correio de Santa Maria