30/03/2017 às 06h36min - Atualizada em 30/03/2017 às 06h36min

Professores deixam Eixo Monumental após ultimato de Rollemberg

ara receber comissão da categoria nesta quinta, governador pediu a imediata liberação do trânsito na via N1. Categoria aceitou a proposta

Assessoria de Comunicação Social

Os professores da rede pública que passaram grande parte desta quarta-feira (29/3) em frente ao Palácio do Buriti concordaram em liberar o Eixo Monumental antes das 19h. Depois da intervenção de deputados distritais, o governador Rodrigo Rollemberg concordou em receber uma comitiva dos educadores às 14h desta quinta (30). Mas, para isso, deu um ultimato: a categoria deveria permitir, imediatamente, o fluxo normal de veículos na via N1 (sentido Rodoviária do Plano Piloto-Buriti). Foi atendido.

 

A decisão veio após a intervenção dos distritais Reginaldo Veras (PDT), Chico Vigilante e Ricardo Vale (ambos do PT), que propuseram ao governador receber a comitiva de educadores e levaram a contraproposta do chefe do Executivo aos professores. Terminava assim a interdição, que teve início por volta do meio-dia, após um grupo de manifestantes tentar invadir o Palácio do Buriti e ser afastado por policiais militares, que usaram spray de pimenta.


Durante o impasse, agentes e policiais de trânsito precisaram fazer bloqueios na via: às 17h, eles orientavam os motoristas que precisavam trafegar pela N1 na hora do rush a desviar para o Eixo Rodoviário Norte ou outras rotas. Ninguém passava pela pista a partir da Rodoviária do Plano Piloto. Com isso, os professores ficaram livres para ocupar tanto as pistas quanto o gramado da praça em frente à sede do Executivo, esperando ser atendidos por um representante do governo local.


O comandante do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, major Augusto Costa, explicou que a distância entre os bloqueios e a manifestação é dinâmica e depende do fluxo de carros, que chega a ser de 60 mil veículos por dia no Eixo Monumental. Quanto mais carros na rua, maior é a distância. “A polícia desvia muito antes para não ter conflito de veículos com manifestantes”, justificou.

 

Greve
Nem a chuva intensa que caiu durante a tarde desmobilizou os professores. Segundo o sindicato da categoria (Sinpro/DF), eles estavam dispostos a não sair do local: se fosse preciso, passariam a noite, e já começavam a armar tendas na Praça do Buriti. Com a proposta de Rollemberg, eles farão reuniões regionais na manhã desta quinta e, às 14h, ficarão concentrados na praça em frente à sede do Executivo enquanto a comitiva conversa com o governador.

 

Nós acreditamos que o dia hoje foi de vitoria. Mostra como esse governador é intransigente e que só cedeu porque fechamos a rua e não tiramos o pé"
Rosilene Correa, diretora do Sinpro


“É totalmente descabido o Sinpro falar que somos intransigentes. Nós, esse ano, recebemos eles nove vezes. Nos surpreendemos com a atitude de hoje de um pequeno grupo que se

 

Os docentes cobram o pagamento da última parcela do reajuste salarial concedido ainda em 2013, além de melhores condições de trabalho. Na manhã desta quarta, em assembleia geral, cerca de mil professores decidiram manter a greve deflagrada em 15/3 por tempo indeterminado. Com a decisão, os educadores enfrentam, ao mesmo tempo, o Executivo e o Judiciário.

 

A Justiça já decretou a ilegalidade da paralisação, determinou o retorno imediato ao trabalho e fixou em R$ 100 mil a multa por dia de descumprimento. O Executivo, por sua vez, anunciou que cortará o ponto de professores efetivos e temporários que não voltarem às salas de aula. Há nova assembleia marcada para a próxima terça (4/4), mas tudo pode mudar após a conversa entre o governador Rodrigo Rollemberg e a categoria. 


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