Segunda-feira, 17/11/25

Até Onde a Injustiça Prevalece?

Foto: MTG

Quando a lei se curva ao poder e a verdade é sufocada pela vaidade.

Por Vital Furtado

A injustiça tem avançado de forma assustadora no Brasil. A cada novo episódio, fica mais evidente que parte do Judiciário abandonou a neutralidade e se deixou levar por paixões políticas e pessoais. O que antes era um espaço de equilíbrio e respeito à Constituição se transformou em campo de disputa, onde a força da caneta vale mais do que o peso da lei. A pergunta que ecoa entre milhões de brasileiros é: até onde essa injustiça irá prevalecer?

O caso do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro é o exemplo mais claro desse desequilíbrio. Mesmo sem provas concretas, com um inquérito claramente direcionado e frágil em suas bases, ele foi condenado e poderá ser preso em regime fechado. O processo, conduzido de forma arbitrária, ou como declarou o Ministro Luiz Fux; ” um instrumento de perseguição política do que um procedimento jurídico legítimo”. A figura do ministro Alexandre de Moraes, protagonista dessa condução, desperta a sensação de que a vaidade e o ego têm se sobreposto à justiça e à imparcialidade.

O Estado de Direito, que deveria garantir segurança e isonomia a todos, encontra-se ameaçado por práticas que ferem princípios básicos da democracia. Prisões preventivas sem fundamento, investigações sigilosas e julgamentos seletivos tornaram-se rotina. A consequência é devastadora: instala-se um clima de medo e desconfiança, onde qualquer voz que discorde do sistema corre o risco de ser silenciada. Assim, a Justiça — que deveria proteger — passa a intimidar.

Em meio a esse cenário, causa perplexidade o silêncio dos defensores dos direitos humanos. Onde estão aqueles que outrora clamavam por liberdade e justiça? Por que calam-se diante de tamanha perseguição? A seletividade ideológica é evidente: quando se trata de criminosos confessos, pedem anistia e compreensão; quando o alvo é um adversário político, exigem punição exemplar. Essa hipocrisia mina a credibilidade das instituições e expõe o duplo padrão que domina o debate nacional.

Os mesmos que clamam pela impunidade de corruptos, ladrões e assassinos, agora se opõem a qualquer possibilidade de anistia para Bolsonaro. A justiça, que deveria ser cega, hoje enxerga demais — e apenas de um lado. Esse desequilíbrio corrói a confiança do povo e transforma a democracia em um teatro de aparências, onde os papéis de vilão e herói são definidos por conveniência política.

A verdadeira justiça não tem partido nem ideologia. Ela deve servir à verdade, e não a interesses pessoais ou disputas de poder. Quando a lei é usada como arma contra uns e escudo para outros, a liberdade de todos está ameaçada. É urgente que o país desperte e reaja, pois a injustiça, quando aceita em silêncio, se transforma em tirania. E uma nação que se cala diante da tirania, deixa de ser livre.

Correio de Santa Maria – Redação

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