13/10/2019 às 10h25min - Atualizada em 13/10/2019 às 10h25min

João de Deus deixa presídio

Cinco dias após sair de um hospital e voltar à cadeia, João Deus deixou mais uma vez o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana, na quinta-feira (10). Desta vez, para uma audiência no Fórum de Anápolis, que fica a cerca de 60 Km de onde ele está preso. Segundo o Ministério Público, o processo é sobre arma e munições encontradas na casa dele.

João de Deus chegou por volta das 15h10 e permaneceu no local por cerca de dez minutos e não foi ouvido na audiência. Andando com dificuldade e apoiado na bengala, ele falou sobre como está sua saúde.

“Vocês estão vendo que eu estou morrendo. “Eu tenho câncer” afirmou o preso, que é acusado de abusos sexuais durante atendimentos espirituais e que sempre negou os crimes.

Apesar de ter ficado internado em um hospital por quase uma semana, ele foi liberado para retornar ao presídio após a realização de exames, porque a equipe médica entendeu que ele tinha condições de ser tratado no ambulatório do Complexo Prisional.

Segundo o promotor que acompanha o caso, Luciano Miranda, a audiência foi sobre a arma e munições encontradas na casa de João de Deus em Anápolis.

“Algumas testemunhas da defesa não foram encontradas. Por questões processuais, o interrogatório de João de Deus não ocorreu, embora ele tenha ido a Anápolis. Segundo o Código de Processo Penal, o interrogatório ocorre após a oitiva de todas as testemunhas, como a defesa insistiu em algumas testemunhas, ele não pôde ser ouvido”, comentou o promotor.

No entanto, três testemunhas chegaram a ser ouvidas nesta quinta-feira. “Foram ouvidas apenas algumas testemunhas de defesa. As testemunhas do Ministério Público serão ouvidas por precatória, ou seja, em outras comarcas do estado”, informou Miranda.

Ainda no fórum, ao ser indagado sobre as armas que estavam na casa dele, falou que não eram dele.

“Essas armas eu guardei, mas é de outras pessoas. Eu não sei o nome”, disse João de Deus, que respondeu por qual motivo guardava as armas.


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