02/04/2020 às 08h00min - Atualizada em 02/04/2020 às 08h00min

‘Estão armando um golpe para tirar Bolsonaro’

MAJOR-BRIGADEIRO JAIME RODRIGUES SANCHEZ

A campanha diária para desmoralizar o Presidente da República e inviabilizar seu governo está atingindo níveis inaceitáveis por parte dos principais atores de um movimento que se iniciou desde a sua eleição.

Após o surgimento da pandemia do coronavírus no País, as viúvas deserdadas do erário público viram na tensão e no pânico que se instalou na população mais uma oportunidade de destruir a imagem do presidente junto aos seus eleitores, distorcendo e tirando do verdadeiro contexto, afirmações geradas pelo seu destempero, em resposta a provocações previamente idealizadas, ampliadas pela sua patente dificuldade de comunicação.

As principais ações para desgastar sua imagem vêm através de declarações e atos dos presidentes das duas casas do Congresso, do STF e da mídia desmamada, especialmente da rede Globo, da nova CNN Brasil e, mais recentemente, da recém comprada Bandeirantes.

O maior exemplo da atuação tendenciosa dessas emissoras é que a esmagadora maioria dos comentários e perguntas em entrevistas com o presidente ou seus ministros, abordam apenas aspectos que pretendem explorar eventuais discordâncias e criar desarmonia entre eles.

Nem mesmo a importância e a qualidade das apresentações extremamente técnicas e competentes do Ministro da Saúde, mais recentemente aprimoradas com a presença dos Ministros da Economia e da Justiça, são capazes de desviar o foco desse objetivo mesquinho e antipatriótico.

Mais grave do que a campanha depreciativa diária, levada a cabo por todos aqueles que perderam suas mamatas, são as manobras de bastidores que já vinham sendo forjadas de longa data e que agora se intensificaram, abrindo o gravíssimo precedente de uma convocação do presidente do STF aos presidentes de outros poderes para uma reunião de discussão da crise que assola o país, sem a presença do Chefe de Estado da Nação, dando clara demonstração da intenção de formar-se um governo paralelo, que configura sobejamente uma tentativa de golpe contra o sistema presidencialista determinado na Constituição Federal.

Na mesma balada, governadores que se elegeram na onda Bolsonaro e almejam voos mais altos em 2022, unem-se aos esquerdopatas do Nordeste para recorrer à Suprema Corte contra medidas estabelecidas pelas autoridades federais.

No último dia 30, o ministro Marco Aurélio Mello, que se beneficia há 30 anos do nepotismo praticado pelo então presidente Collor de Mello, relator da notícia-crime protocolada pelo deputado petista Reginaldo Lopes, encaminhou à PGR um pedido de afastamento do presidente Jair Bolsonaro, o qual foi arquivado por falta de embasamento jurídico.

Em 2017, o mesmo ministro manifestou durante palestra na Universidade de Coimbra, em Portugal, temor com a ascensão política, em diferentes países, de populistas de extrema direita, como Bolsonaro: “Falei sobre a Hungria, os Estados Unidos com Donald Trump, e disse que temia pelo Brasil, com a possível eleição de Jair Bolsonaro, um político que passou a vida inteira atacando as minorias e pregando um combate intenso contra a corrupção.”

A face mais criminosa desse processo é a tentativa de golpe de estado constitucional que, através da PEC 37/2019, pretende impedir a assunção do General Mourão, prevendo eleições diretas sempre que o mandato presidencial for interrompido.

Essa PEC, que altera oito artigos da Constituição Federal, foi apresentada por um deputado do PT, Henrique Fontana, como a melhor solução para “a grave crise institucional e de legitimidade da representação política no Brasil”.

Em momentos agudos de crise institucional, como o de agora, diversos alertas têm sido observados.

Em 2017, quando o STF decidiu que “o afastamento de parlamentares por meio de decisões cautelares da Suprema Corte não pode ser feito sem aval do Congresso”, após o ministro Edson Fachin alertar que o “Congresso revisar uma decisão do STF é uma ofensa ao postulado republicano e uma ofensa à independência do Poder Judiciário”, o General Paulo Chagas, publicou corajosamente nas redes sociais: “O STF acaba de abaixar as calças para o Congresso! O processo de impunidade passa, em definitivo, ao controle da quadrilha!”

Disse, ainda, que “Definitivamente, o melhor refúgio para os corruptos e estelionatários brasileiros é o Congresso Nacional!”.

Em 2018, perante a assunção da presidência do STF pelo Ministro Dias Toffoli, conhecido o seu passado e suas qualificações técnicas, foi nomeado o General de quatro estrelas Fernando Azevedo e Silva, hoje Ministro da Defesa, para a função de “assessor especial”, supostamente a pedido do próprio ministro Toffoli.

É gravíssimo o quadro atual de constante boicote a que se encontra submetido o governo pelos dois outros poderes.

É impensável que deputados e magistrados corruptos, protegidos por dispositivos “legais” forjados por eles próprios, sejam capazes de simplesmente cogitar de um afastamento do presidente sem qualquer marca que possa denegrir sua conduta moral e ética, baseando-se apenas em questões menores como seu temperamento ou modo de comunicação.

A sociedade, com seus 57 milhões de eleitores do Bolsonaro, mesmo que uma parcela não aprecie determinados traços da sua personalidade, não pode esquecer-se que ele foi, com muita antecedência às eleições, escolhido pela população como a única opção capaz de desmantelar o sistema corrupto que se apoderou do país durante décadas e o estava levando à total destruição.

Caso seja dada continuidade a esse golpe, deveria haver uma resposta de tal monta na área militar, que desencorajasse o seu prosseguimento, sob pena de transmitir aos golpistas e à sociedade, que reconhece as Forças Armadas, ao lado da Igreja, como as Instituições de maior credibilidade, a inverídica e indesejável percepção de que atos cometidos, sejam eles de qualquer natureza, serão tolerados sem uma reação proporcional à sua gravidade.

Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.


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