A expectativa do empresariado da cidade é que o chefe do Executivo local consiga reverter a decisão e mostrar que a capital está preparada para retomar parte de suas atividades econômicas, mas sem descuidar da segurança da população em relação a0 coronavírus. Caso Kátia Balbino se mantenha irredutível, o prognóstico é de colapso e mais demissões.
O vice-presidente do Sindivarejista, Sebastião Abritta, calcula que, de março até esta semana, em toda a cadeia produtiva, cerca de 25 mil pessoas tenham sido dispensadas.
“As perdas de emprego são no varejo, shoppings, lojinhas de rua, bares, restaurantes e lanchonetes. Estamos com a esperança de que o governador consiga reverter a decisão. Do contrário, teremos mais desemprego e mais empresas fechando”, afirmou Abritta.
Segundo ele, o estrago nas contas das empresas será ainda maior com as portas fechadas no Dia das Mães (10/05), a segunda data mais importante para o segmento. A primeira mais generosa para o setor é o Natal.
A suspensão da volta da reabertura do comércio poderá ser revertida se ficar assegurado que a medida não aumentará a disseminação da Covid-19 na capital do país.
No documento, a magistrada Kátia Balbino admitiu rever o assunto após a visita de uma comissão ao Palácio do Buriti. O encontro está marcado para as 10h desta quinta-feira (07/05). Na ocasião, o GDF explicará o plano de reabertura das atividades durante a pandemia.
A juíza federal quer ter acesso aos dados, datas e regras sanitárias para cada ramo. O veredito de Kátia Balbino não alterou as permissões concedidas anteriormente pelo GDF para que alguns setores abram as portas, como óticas, escritórios de advocacia, lojas de móveis e imobiliárias.
“O que mais importa nessa decisão é a averiguação por parte do Judiciário de que tudo que fizemos foi devidamente validado e não causou qualquer tipo de risco à população”, avaliou o governador Ibaneis Rocha (MDB).