23/03/2017 às 06h25min - Atualizada em 23/03/2017 às 06h25min

GDF terá de transpor água de obras emergenciais até bacia do Descoberto

olume do Lago Paranoá e do Bananal irá primeiro para Santa Maria, e só depois para Descoberto. Ligação direta seria gasto de energia muito grande, diz presidente da Caesb

G 1

As obras emergenciais para captar água do Lago Paranoá e do Bananal não vão abastecer diretamente o reservatório do Descoberto – o mais afetado pela crise hídrica e que fornece o recurso para 60% da população. De acordo com a Caesb, a água destes sistemas irá para o reservatório de Santa Maria. Só então, será feita uma "transposição" até a bacia do Descoberto.


"Seria uma gasto de energia muito grande transpor direto do lago para o Descoberto, porque a elevação do terreno é muito grande. Por isso, vamos passar a água para Santa Maria primeiro, como numa escada", afirmou o presidente da Caesb, Maurício Luduvice.

Em visita ao Bananal, no Parque Nacional de Brasília, o governador Rodrigo Rollemberg disse que o subsistema deve ficar pronto até o fim deste ano. Já a obra emergencial para drenar água do Lago Paranoá deve ser concluída em setembro.


Segundo o governador, as adutoras e canais do sistema Descoberto vão passar por revitalização, para "reduzir evaporações e infiltrações e, assim, diminuir perdas".


Transposição
Ambas as obras vão reforçar o abastecimento do reservatório de Santa Maria, cada uma com vazão média de 700 litros por segundo. De acordo com o presidente da Caesb, Maurício Luduvice, a bacia do Descoberto vai receber metade dos recursos por transposição.

De acordo com GDF, o investimento em captação e "transporte de água" será de R$ 20 milhões. O governo afirma que só o Bananal poderá abastecer cerca de 170 mil habitantes. Ao ser integrado ao sistema de Santa Maria, deve fornecer água para 11 regiões do DF.

Das etapas de construção do subsistema, foram concluídas as fundações de um tipo de tanque suspenso, que vai canalizar a água da bacia para as adutoras do sistema Santa Maria. A sala de bombas e operação começou a ser construída em novembro, e os blocos e cintas foram concretados.


A obra inclui o bombeamento da água para a Estação de Tratamento de Água Brasília, na Asa Norte, que abastece dez regiões centrais da capital, com vazão média de 1.807 litros por segundo.


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