A Secretaria de Saúde do Distrito Federal vacinou, até o momento, 716.520 pessoas durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Como determinado pelo Ministério da Saúde, a iniciativa foi estendida até 5 de junho a todos os grupos prioritários.
Para os que começaram a vacinação na última etapa da campanha, iniciada em 18 de maio, a cobertura vacinal foi de 27,1% para professores da rede pública e privada, alcançando 13.448 profissionais, e 16,4% dos adultos de 55 a 59 anos de idade, chegando a 16.169 pessoas. Como foram os últimos a serem chamados, é esperada a baixa cobertura até o momento.
Contudo, a Secretaria de Saúde volta a alertar para a importância de que grupos de risco procurem mais as salas de vacina. Principalmente gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto) e crianças de 6 meses a menores de 6 anos.
Diferente da sintomatologia do coronavírus, que na maioria das vezes é mais leve ou sem sintomas em crianças, a influenza pode causar com maior frequência casos graves nesse grupo e até levar a morte. Já em relação às gestantes e puérperas, o risco de complicações é maior, principalmente entre o último trimestre da gestação até o primeiro mês após o parto.
“A procura desses grupos é anualmente baixa. Ainda assim, é preciso que intensifiquem a busca pelas salas de vacina, por isso pedimos que as mães levem seus filhos para se vacinarem, para evitar complicações com a Influenza”, afirmou a enfermeira da área técnica de imunização da Secretaria de Saúde, Fernanda Ledes.
De acordo com o levantamento, já foram vacinadas 23.979 crianças de seis meses até 2 anos, correspondendo a 36,9% da meta estabelecida para esse público. Os menores de cinco anos totalizaram 33.889, chegando a 29% de cobertura vacinal. A partir dos cinco anos, foram vacinadas 13.181 crianças, alcançando 33,1% de cobertura.
Além disso, 11.171 gestantes procuraram as salas de vacina do DF, alcançando 34,4% da meta estabelecida. Enquanto isso, 2.130 puérperas foram vacinadas até o momento, correspondendo a 39,9% do público-alvo estimado.
Demais grupos
No dia 11 de maio iniciou-se a etapa de vacinação para pessoas com deficiência. Desse público, 1.273 já foram vacinadas, representando apenas 1,3% da cobertura vacinal estimada.
A cobertura vacinal dos grupos prioritários nessa segunda fase da campanha foi de 97,1% para população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e jovens sob medidas socioeducativas; 84,2% para pessoas com comorbidades e outras condições clínicas especiais; 105,5% para forças de segurança e salvamento; 24,9% para caminhoneiros e portuários e 49,6% para trabalhadores de transporte coletivo (motoristas e cobradores).
Os que apresentaram a maior procura pela vacina foram os idosos, ultrapassando a meta estabelecida e chegando a 144,2% de cobertura vacinal. Logo depois vieram os profissionais de saúde, com 116%.
Campanha
A vacinação contra Influenza teve início no dia 23 de março. A primeira fase contemplou os grupos prioritários de idosos e trabalhadores do setor de saúde.
No dia 16 de abril foi iniciada a segunda fase abrangendo os grupos de profissionais das forças de segurança e salvamento, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, povos indígenas, caminhoneiros, portuários e trabalhadores de transporte coletivo (motoristas e cobradores).
No dia 4 de maio, no Distrito Federal, iniciou-se a terceira fase da campanha para as crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e puérperas, tendo em vista a disponibilidade de doses para iniciar a vacinação desse público. A partir do dia 11 de maio foram incluídas as pessoas com deficiência.
Desde 18 de maio, também foram incluídos os professores da rede pública e privada e as pessoas de 55 a 59 anos de idade. Apesar da organização por fases, todos os grupos prioritários poderão ser vacinados até o final da campanha.
Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, com a finalidade de evitar aglomerações, o Ministério da Saúde decidiu cancelar o Dia de Mobilização Nacional, que estava previsto para 9 de maio, e prorrogar o final da campanha para 5 de junho.