Conforme foi apurado pela força-tarefa, as empreiteiras pagavam propina aos integrantes do MDB responsáveis pela nomeação e manutenção de Machado na presidência da estatal. Em troca, Machado garantia às empreiteiras a continuidade dos contratos e a expedição de futuros convites para licitações.
O esquema de corrupção mantido na Transpetro resultou em uma série de pagamentos ilícitos disfarçados de doações eleitorais oficiais ao partido entre 2008 e 2010 e em 2012.
De acordo com a denúncia, em 2008, a NM Engenharia pagou propina disfarçada de doação eleitoral oficial no valor de R$ 100 mil ao Diretório Estadual do MDB em Roraima, presidido na época por Jucá.
O dinheiro foi utilizado para a campanha eleitoral de Elton Vieira Lopes à prefeitura de Mucajaí (RO). Ao todo, a NM Engenharia pagou R$ 1,3 milhão em vantagens indevidas, na forma de doações eleitorais, para Jucá e outros políticos do MDB.
Já em relação à Odebrecht Ambiental, esquema semelhante ocorreu em 2012, quando o ex-senador Valdir Raupp recebeu, com o auxílio de Machado, R$ 1 milhão da empreiteira. Reis, presidente da empresa na época, utilizou outra companhia do grupo, a Barro Novo Empreendimentos Imobiliários, para fazer duas doações eleitorais oficiais no valor de R$ 500 mil cada.
Em nota, a defesa do ex-senador Valdir Raupp afirmou que “a tramitação da referida ação penal padece do vício de competência, com evidente atropelo de arguição feita pela defesa e que aguarda conclusão de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal”.
“No mais, a denúncia apresentada parte de premissas fáticas equivocadas e relatos já superados de colaboradores, desacompanhados de quaisquer elementos probatórios. Por acreditar na Justiça, Valdir Raupp sempre se colocou à disposição para elucidar os fatos e demonstrar sua inocência”, complementa.
O espaço está aberto para para um eventual posicionamento da defesa de Romero Jucá.