13/07/2020 às 12h22min - Atualizada em 13/07/2020 às 12h22min

Heleno sobre Gilmar Mendes associar Exército a genocídio: “Lamentável”

Ministro do Supremo Tribunal Federal criticava a condução da pandemia de Covid-19 no país pela Saúde, que tem um militar no comando interino

Militares do primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) reagiram às declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, nas quais afirmou que o Exército está se associando a um “genocídio”.
 

Mendes criticava a condução da crise sanitária provocada pela pandemia do novo coronavírus pelo Ministério da Saúde, comandado pelo interino Eduardo Pazuello, que também é general.

O general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), afirmou em entrevista à Rádio Bandeirantes, nesta segunda-feira (13/7), que a afirmação do ministro do STF foi “muito infeliz” e “lamentável”.

“No meio militar a repercussão foi muito ruim. A declaração foi realmente muito infeliz. Será uma lástima se não se arrepender. Não tem genocídio acontecendo. Para chegar a genocídio falta muito. A declaração foi lamentável”, opinou Heleno.

Por meio de nota, o Ministério da Defesa reforçou que as Forças Armadas atuam diretamente no combate ao novo coronavírus, por meio da Operação Covid-19. Segundo a pasta, são empregados diariamente 34 mil militares, número maior do que o efetivo de 25.800 da Força Expedicionária Brasileira (FEB), enviada para combater na 2ª Guerra Mundial.

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A nota da Defesa não cita o nome de Mendes, mas elenca uma série de ações do ministério para combater a pandemia, entre elas a realização de descontaminações, o transporte de mantimentos e insumos e ações em áreas indígenas.

Leia a íntegra da nota encaminhada pelo Ministério da Defesa

O Ministério da Defesa (MD) informa que as Forças Armadas atuam diretamente no combate ao novo coronsvirus, por meio da Operação Covid-19. Desde o início da pandemia, vem atuando sempre para o bem-estar de todos os brasileiros. São empregados, diariamente, 34 mil militares, efetivo maior do que o da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial, com 25.800 homens. O MD tem o compromisso com a saúde e com o bem estar de todos o brasileiros de norte ao sul do País. A mobilização desta Pasta começou no dia 5 de fevereiro, quando foi deflagrada a Operação Regresso à Patria Amada Brasil. Na ocasião, foram resgatados 34 brasileiros de Wuhan, na China, antes mesmo de aparecer o primeiro caso confirmado de coronavírus no Brasil, em 26 de fevereiro.

A Operação Covid-19, criada em 19 de março de 2020, estabeleceu 10 comandos conjuntos espalhados por todo o Brasil, além do Comando Aeroespacial (COMAE). Os resultados mostram que a operação está atingindo os objetivos a que se propõe. De lá para cá, foram descontaminados 3.348 locais públicos; realizadas 2.139 campanhas de conscientização junto à população, 3.249 ações em barreiras sanitárias e 21.026 doações de sangue; distribuídos 728.842 cestas básicas; produzidos 20.315 litros de álcool em gel e capacitadas 9.945 pessoas para realizar ações de descontaminação.

É ainda importante destacar que já foram transportadas 17.554 toneladas de pessoal e equipamentos médicos via terrestre, 471 toneladas de pessoal e equipamentos médicos via transporte aéreo, voadas 1.334 horas, o equivalente a 14,5 voltas ao mundo.

As Forças Armadas realizam permanentemente atividades subsidiárias para cooperar com o desenvolvimento nacional e defesa civil. Este ano, em face à pandemia causada pelo novo coronavírus, os Ministérios da Defesa e da Saúde, em ação conjunta, intensificaram a assistência à saúde prestada a indígenas em diversas localidades carentes e isoladas do país. As mais de 200 missões em aldeias indígenas somente na Amazonia Ociental realizam atendimentos de saúde, promovem cuidados básicos de saúde e orientam sobre a prevenção de doenças, sempre respeitando os aspectos socioculturais, condizentes com a realidade de cada etnia.


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