Wajngarten tem porte de arma e, no momento da abordagem, estava com a pistola na cintura. Ele havia acabado de desembarcar de uma Mercedes blindada para cumprimentar os pais, que o aguardavam do lado de fora do carro.
“O assaltante estava de moto, desceu do veículo e me abordou. Ele não viu nem que eu estava de relógio, nem que eu estava armado, porque eu vestia um blazer. Mesmo assim, chegou bem perto e me mandou ‘passar o relógio’. Eu disse que não havia entendido. E ele repetiu ‘passa o relógio’. Foi, então, que saquei a arma, apontei para ele e ele começou a correr. Eu corri atrás gritando ‘pega ladrão’”.
Wajngarten usava um relógio Rolex no braço e a arma que carregava na cintura era uma Sig Sauer 380.
Depois de correr atrás do bandido pelas ruas dos Jardins durante alguns minutos e com a ajuda de um pedestre, Wajngarten conseguiu deter o assaltante. O suspeito falou várias vezes que era “inocente”, um “trabalhador”, apenas um “instalador de antenas”. Wajngarten passou um sermão no assaltante até que a Polícia chegasse.
“Impressionante a certeza do assaltante de que ia levar o meu relógio. Uma situação patética, que ninguém aguenta mais neste país”, disse Fábio Wajngarten à coluna Grande Angular.
O secretário-executivo do Ministério das Comunicações afirmou que tem treinado muito a pontaria ultimamente e que, somente na última semana, deu 400 tiros em clube de tiro. “Felizmente, neste caso, não precisei apertar o gatilho”, afirmou Wajngarten, um dos homens mais próximos ao presidente Jair Bolsonaro.
A Polícia Militar informou que a tentativa de roubo ocorreu na esquina da rua Bela Cintra com a Alameda Franca, nos Jardins, Zona Central da capital paulista.
O boletim de ocorrência diz ainda que o próprio secretário reagiu ao ocorrido e deu voz de prisão ao suspeito. Wajngarten chegou a correr alguns metros para alcançar e prender o homem.