Baldy é investigado por receber propinas de empresários ligados a desvio de verbas da saúde no Rio de Janeiro quando era secretário de Comércio do Estado de Goiás, em 2014, e ministro das Cidades, durante a gestão Michel Temer. Os pagamentos também seriam feitos ao seu primo, Rodrigo Dias, ex-presidente do FNDE no governo Jair Bolsonaro, que não foi localizado.
Entre os crimes investigados estão o recebimento de R$ 900 mil em propinas por direcionamento de contratação de R$ 4,5 milhões realizada pela Fiocruz e o repasse de R$ 500 mil em propinas em troca da regularização de pagamentos do Hospital HURSO, em Goiânia, que era administrado pela organização social Pró-Saúde – alvo da Lava Jato por desvio de verbas públicas do Rio.
Ao pedir a prisão de Baldy, a Lava Jato descreveu trechos de delações, fotos, mensagens de WhatsApp, recibos e tabelas de despesas, além de e-mails e extratos de contas relacionadas à três situações ilícitas envolvendo Baldy e Rodrigo Dias.
Os argumentos e evidências apresentados pela Lava Jato fluminense à Justiça levaram o juiz Marcelo Bretas a autorizar parcialmente as medidas cautelares solicitadas. Na decisão, Bretas apontou que Alexandre Baldy “adotou a prática habitual de cometimento de vários ilícitos penais ao longo dos seguidos cargos públicos que ocupou”.
Alexandre Baldy pediu licença do cargo de Secretário de Transportes Metropolitanos do estado de São Paulo pelo período de 30 dias, a partir de amanhã, dia 7, para se concentrar exclusivamente na sua defesa.
À frente da Secretaria de Transportes Metropolitanos, Baldy retomou obras de mobilidade, garantiu a renovação da frota de ônibus intermunicipais e acelerou a construção de cinco novas estações do Metrô.
Alexandre Baldy tem demonstrado competência, dedicação e postura idônea no exercício da sua função no Governo de São Paulo. A Secretaria dos Transportes Metropolitanos passa a ser comandada temporariamente pelo seu Secretário executivo, Paulo Galli.
Alexandre Baldy tem sua vida – particular e pública – pautada pelo trabalho, correção e retidão. Ao estar em cargos públicos, fica sujeito a questionamentos. Foi desnecessário e exagerado determinar uma prisão por fatos de 2013, ocorridos em Goiás, dos quais Alexandre não participou.
Alexandre sempre esteve à disposição para esclarecer qualquer questão, jamais havendo sido questionado ou interrogado, com todos os seus bens declarados, inclusive os que são mencionados nesta situação. A medida é descabida e as providências para a sua revogação serão tomadas.
Na manhã de hoje (6/8), a Polícia Federal esteve na sede da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, em São Paulo, cumprindo mandado de busca e apreensão da Operação Dardanários, que foi expedido pela 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Importante ressaltar que tal operação não tem relação com a atual gestão do Governo de São Paulo. A STM colaborou junto à PF enquanto estiveram no prédio. Após as buscas, nenhum documento ou equipamento foi levado pela Polícia Federal.
Os fatos que levaram as acusações contra Alexandre Baldy não têm relação com a atual gestão no Governo de São Paulo. Portanto, não há nenhuma implicação na sua atuação na Secretaria de Transportes Metropolitanos. Na condição de Governador de São Paulo, tenho convicção de que Baldy saberá esclarecer os acontecimentos e colaborar com a Justiça.
A Pró-Saúde informa que, desde 2017, tem colaborado de forma irrestrita com as investigações e vem adotando ações para o fortalecimento de sua integridade institucional.