09/08/2020 às 08h12min - Atualizada em 09/08/2020 às 08h12min

Racismo: homem que xingou delegado tem histórico de drogas e lesão corporal

Pedro Henrique Martins Mendes, 35 anos, foi autuado por injúria, injúria racial, vias de fato, ameaça e porte de drogas

O morador do Lago Sul preso em flagrante, na noite dessa sexta-feira (7/8), acusado de proferir ataques racistas ao delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Ricardo Viana, é o estudante Pedro Henrique Martins Mendes, 35 anos (foto em destaque)

Segundo informações obtidas pelo Metrópoles com fontes policiais, o acusado já tem outras passagens na PCDF por uso e porte de entorpecentes, lesão corporal e também por proferir ataques racistas em outras ocasiões. O histórico das demais ocorrências não foi divulgado.

Em vídeo, o policial diz que está muito consternado e não poderia se calar nesse momento. “Eu declaro a vocês que nós vivemos um racimo estrutural. O racismo está entranhado em todas as classes sociais e, eu, convivo com isso desde que eu sou menino. Todas as vezes que a gente vai galgando algum espaço na nossa sociedade, essa ferida é tocada.”

O caso envolvendo o delegado da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro) aconteceu em uma unidade do Mc Donald’s da QI 23 do Lago Sul. Viana estava na companhia da filha de 15 anos, quando o agressor o empurrou e passou a ofendê-lo, sem motivo. O policial civil afirma ter sido chamado de “macaco” por Pedro Henrique.

“Falou que iria me pegar, me chamou de macaco e viado. Arremessou um pé de sua chinela em minha direção”, narra.

Os ataques foram presenciados por populares. Após receber voz de prisão do delegado, o criminoso tentou fugir, mas foi preso em sequência pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

Em revista ao carro do homem, foram encontradas porções de maconha. O criminoso foi detido em flagrante e a ocorrência registrada na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul)

“Até o momento, não entendi porque tanto ódio em uma só pessoa, o pior é saber que este tem histórico de violência e já praticou fatos semelhantes com outros negros”, finalizou Viana.

Metrópoles não conseguiu contato com a defesa de Pedro Henrique. O espaço permanece aberto.


 


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