12/08/2020 às 07h59min - Atualizada em 12/08/2020 às 07h59min

Após revelar esquartejamento, homem é jurado por gangue do DF

Jadson de Santana Santos, conhecido como Tochinha, teria falado para conhecidos sobre o crime brutal

Um dos suspeitos de participar do esquartejamento de Anderson Rocha Alves, 35 anos, no Guará, está jurado de morte pela própria organização criminosa que participa após falar que testemunhou o crime a conhecidos. Jadson de Santana Santos, 26, conhecido como Tochinha, é considerado foragido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Conforme apurado pela 4ª DP (Guará), Tochinha é usuário de drogas e saiu de casa para morar na rua, em uma região chamada de Biqueira, situada em uma área verde entre a linha do trem que passa entre o Guará e o ParkShopping. No dia do crime, ele viu a vítima passando pelo local e presenciou a execução realizada por integrantes da Organização do Mancha, que domina a região.

Poucos dias após o esquartejamento, ele acabou voltando para casa. Na área, para terceiros, contou que uma pessoa conhecida como “Gordinho” tinha disparado contra Anderson. Ele ainda teria dito que não estava aguentando nem o cheiro de churrasquinho sendo feito na rua por lembrar do que tinha sido feito com o morador do Guará.

Após contar o que tinha acontecido, membros da organização criminosa souberam que Tochinha tinha delatado o crime, inclusive para familiares da vítima, e passou a ser jurado de morte pelos chefes da região.

Jadson é conhecido da polícia desde os 16 anos. Ele acumula várias passagens por roubo, furto, receptação, ameaça e uso de drogas.

Motivação do crime

De acordo com o laudo da perícia realizada no computador da vítima, a motivação do crime foi confirmada como falsificação de dinheiro. Segundo a PCDF, Anderson foi morto após pagar com notas sem valor uma dívida que tinha com traficantes.

Anderson também estava envolvido com compra e venda de informações pessoais de terceiros. “Para nossa surpresa, além de ter informações referentes à compra e venda de dinheiro falso, ele tinha CPF, nome, endereço e coisas referentes à clonagem de cartão no computador”, explica o delegado-chefe Ataliba Neto.

1
Envolvidos seguem foragidos

No dia 4 de agosto, a PCDF chegou a prender três pessoas e cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, em Santa Maria, Recanto das Emas e Guará, por envolvimento no crime.

Rocagiano Rodrigues Cruz, conhecido como Wolverine também foi preso posteriormente.

Pelo menos outras quatro pessoas identificadas ainda não foram encontradas e a 4ª DP pede para que qualquer informação sobre o paradeiro dos suspeitos seja passada pelo 197.

1
DNA

Partes do corpo de Anderson começaram a aparecer na estação de tratamento de esgoto da companhia entre os dias 23, 24 e 25 de junho. O material foi encaminhado para análise do Instituto Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) da PCDF. Especialistas confirmaram que todos os fragmentos eram do mesmo cadáver, além de comprovar a identidade do homem.

Um mês após o crime, em 18 de julho, um dos responsáveis pela morte brutal de Anderson também perdeu a vida. Luis Guarino Couto, que seria um dos alvos da operação, acabou morto durante um assalto a um motorista de aplicativo no Paranoá.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »