30/11/2020 às 19h07min - Atualizada em 30/11/2020 às 19h07min

O REPULSIVO TOMA-LÁ-DÁ-CÁ PELA IMPUNIDADE

“504 GUARDIÕES DA NAÇÃO “

 

O Brasil está prestes a sofrer um novo golpe, por meio da mais abominável modalidade do toma-lá-dá-cá: o pacto da proteção recíproca de impunidade, mancomunado entre o Covil de Ali Babá e a Suprema Casa da Mãe Joana. 
 

A imprensa dá sinais de que já há um entendimento da maioria dos ministros do STF de que a reeleição de Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia para as presidências do Senado e da Câmara é uma questão interna do Congresso, desprezando o artigo 57, § 4º da Constituição: “Cada uma das Casas reunir-se-á... para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente”, bem como os Regimentos Internos do Senado e da Câmara que definem da mesma maneira a impossibilidade de reeleição.
 

Então, porque não recorrem aos meios tradicionais de mudança da Constituição, através de uma PEC e posterior ajuste dos regimentos? Simplesmente porque o risco de derrota seria iminente entre seus pares. Neste caso, o caminho mais curto e seguro é a cumplicidade com a Suprema Corte, interpretando esta a Carta Magna, mais uma vez, ao sabor de interesses escusos.

Aliás, não seria a primeira vez que o plenário da Corte agiria dessa forma. 
 

Deixaram a decisão final sobre a extradição do terrorista Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos, a cargo do presidente Lula, que ignorou um acordo internacional e concedeu-lhe a condição de refugiado político, sob a alegação de que os crimes teriam sido políticos. Tudo isso, após o plenário haver aprovado o pedido do governo italiano.

Enquanto isso, nomear o Diretor da Polícia Federal, subordinada a um dos seus ministérios NÃO é considerado “interna corporis” e sim motivo de um inquérito para incriminar o Presidente da República por interferência indevida.
 

Eleger corruptos denunciados por crimes de lesa-pátria para comandar o Legislativo é uma prática recorrente tanto na Câmara quanto no Senado.

Burlar a Constituição Federal para beneficiar protegidos, no caso, possibilitar uma reeleição ilegal’, é mais um crime praticado por um grupo impregnado de malfeitores togados, sem escrúpulos, resguardados pela certeza que aqueles que poderiam adotar medidas para detê-los, o Senado Federal, não o farão em contrapartida à sua impunidade.

Não há País que resista a uma lista de mandatários de Poder como esta.

No Senado, Jáder Barbalho, Édison Lobão, José Sarney, Renan Calheiros, Tião Viana, Garibaldi Alves, Eunício Oliveira e agora Davi Alcolumbre.
 

Na Câmara, Michel Temer, Aécio Neves, João Paulo Cunha, Arlindo Chinaglia, Henrique Eduardo Alves, Eduardo Cunha, Waldyr Maranhão e Rodrigo Maia.
 

A banalização do crime na cúpula dos poderes da República é retratado pelas centenas de criminosos do colarinho branco que ali se instalaram após a “redemocratização” para se locupletar às custas da ruína do Brasil, protegidos pelo escudo da impunidade mútua, garantida na cumplicidade com a Suprema Corte.
 

A peça de ficção desmoralizada, alcunhada por seus criadores e beneficiários como “Constituição Cidadã”, serve de ferramenta maleável para atingir esse objetivo.
 

Por um lado, sinto-me imensamente frustrado, como militar, de dispor apenas da caneta como arma para expressar minha indignação. Por outro, ajuda a conter a úlcera ou evitar um infarto por tanta indignação, saber que essas verdades escritas serão lidas por alguns milhares de brasileiros e representam o pensamento de milhões de patriotas que desejam uma solução e sentem-se impotentes para consegui-la.
 

Quanto aos autores dessa traição nacional, são anestesiados pela fortuna roubada dos cofres públicos e pelo poder usurpado do povo, pouco se importando de  serem humilhados em qualquer aparição pública.
 

Urge uma nova Constituição realmente cidadã, um Congresso Nacional saneado e redimensionado e uma Suprema Corte escolhida com base na meritocracia e com a participação dos seus pares no processo.
 

BRASIL ACIMA DE TUDO, DEUS ACIMA DE TODOS.


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