05/12/2020 às 04h55min - Atualizada em 05/12/2020 às 04h55min

Ônibus que caiu em MG não tinha autorização para transportar passageiros

Segundo a ANTT, o veículo não estava habilitado para prestar o serviço. O acidente deixou ao menos 17 mortos e 27 feridos

A Localima Turismo, empresa responsável pelo ônibus que caiu de uma ponte em João Monlevade, região central de Minas Gerais, na tarde desta sexta-feira (4/12), não tinha autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para transportar passageiros.

“A empresa está cadastrada na ANTT e tem um Termo de Autorização para prestação de serviço regular concedido pela justiça, por liminar. No entanto, o veículo em questão não estava habilitado para prestar o serviço de transporte de passageiros”, disse a agência em nota à imprensa.

De acordo com informações do governo estadual e dos Bombeiros, o número de mortes é de 17 e há 27 feridos. Doze pessoas morreram no local do acidente e outras três, que estavam em estado grave, vieram a óbito. Elas foram levadas ao Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.

Uma quarta vítima, que foi foi encontrada ainda com vida dentro do banheiro do ônibus, morreu ao chegar ao hospital. Por volta de 21h20, os bombeiros confirmaram mais uma morte.

O veículo de placas DTD-7253 é de Mata Grande, município do interior de Alagoas, segundo informações da PRF, e teria iniciado a viagem na cidade de Água Branca, também Alagoas.

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Segundo os bombeiros, o ônibus caiu de uma altura aproximada de 23 metros. O veículo tem placa de Mata Grande, município do interior de Alagoas, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal de Minas Gerais (PRF-MG), e teria iniciado a viagem na cidade de Água Branca, também em Alagoas.

Em nota, a Associação Nacional das Empresas de Transporte Rodoviário Interestadual de Passageiros (Anatrip) afirmou que é necessário que haja uma fiscalização e também responsabilidade por parte das empresas para impedir esse tipo de acidente.

“As empresas de transporte devem cumprir todas as normas que os órgãos públicos impõem, principalmente aquelas que dizem respeito à legalidade de seus serviços, à segurança de seus veículos, ao treinamento e capacitação de seus motoristas , à exigência do seguro de responsabilidade civil e ao respeito e segurança dos usuários”, diz o texto.

 

Moradores que enviaram registros do local afirmaram que o ônibus voltou de ré na ponte antes de cair, e quatro pessoas teriam pulado do ônibus antes da queda.

 

Várias ambulâncias de resgate e particulares já atendem as vítimas no local. Mas a dificuldade está na rede médica regional (João Monlevade e Nova Era) suportar a quantidade e gravidade das vítimas.

 

REPRODUÇÃO/GOOGLE MAPS
Acidente em João Monlevade (MG)

Tragédia em São Paulo

A queda do ônibus em Minas Gerais, que teve ao menos 11 vítimas, ocorre uma semana após um trágico acidente deixar 41 mortos no interior de São Paulo. Os passageiros do ônibus, que colidiu com um caminhão, eram funcionários de uma fábrica têxtil.

 

A Polícia Civil apura duas linhas de investigação para determinar as causas do acidente que matou 41 pessoas em Taguaí (SP): tentativa de ultrapassagem em local proibido ou falha nos freios.


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