10/04/2021 às 03h48min - Atualizada em 10/04/2021 às 03h48min
Bancada do PSol entra na Justiça para suspender mandato de Jairinho
Vereador e médico, o padrasto do menino Henry e a mãe, Monique Medeiros, foram presos e acusados de envolvimento na morte do garoto
Rio de Janeiro – A bancada do PSol na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro entrou na Justiça com ação popular pedindo a suspensão do mandato do médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido). Padrasto do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, ele e a mãe da criança, Monique Medeiros, são acusados pela polícia de envolvimento no crime. O casal levou o garoto morto para o hospital Barra D’Or, no dia 8 de março. Alegam acidente doméstico, mas o laudo cadavérico apontou morte violenta. Padrasto e mãe foram presos na quinta-feira (8/4). “O regimento interno da Casa não prevê esse afastamento. Entendemos que, com esse crime bárbaro, ele tem que ser afastado de imediato”, afirmou o vereador Chico Alencar, do PSol.
Na quinta-feira (8/4), o Solidariedade expulsou Jairinho do partido. Eleito em 11 de março para o Conselho de Ética da Câmara, Jairinho também foi excluído do colegiado. Mas ele continua como presidente da Comissão de Justiça e Redação da Câmara, uma das mais importantes do Legislativo, responsável por analisar a constitucionalidade dos projetos de lei. Representação no Conselho
“Um parlamentar acusado de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e contra pessoa indefesa, não pode continuar exercendo mandato público. Há indícios sólidos e provas concretas da participação de Jairo no crime hediondo contra o menino Henry”, diz outro trecho.
Os parlamentares anunciaram ainda que estão preparando uma representação no Conselho de Ética da Câmara para pedir a cassação do mandato do vereador. “Será uma representação conjunta com outros partidos. Vamos conseguir tranquilamente as 22 assinaturas necessárias diante do impacto que o caso provocou na Casa”, avaliou Chico Alencar.
Caso Henry
O menino Henry morreu no dia 8 de março ao dar entrada em um hospital na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo Leniel Borel, pai do garoto, ele e o filho passaram o fim de semana anterior normal. Por volta das 19h do dia 7, o pai o levou de volta para casa, onde morava com a mãe, Monique e Jairinho.
Durante a madrugada, o casal levou o menino, que já chegou morto, para o hospital Barra D’Or, zona oeste. Na delegacia mãe e padrasto alegaram acidente doméstico. Mas o laudo cadavérico atestou morte violenta.
Segundo investigação da 16ª DP (Barra da Tijuca), Jairinho torturou o menino, pelo menos, uma vez.
Henry Borel Medeiros
Henry Borel MedeirosReprodução redes sociais
Monique Monique Medeiros mãe do Henry são presos por morte do menino no Rio saindo da CidpolMedeiros mãe de Henry são presos por morte do menino no Rio saindo da Cidpol