26/04/2021 às 07h22min - Atualizada em 26/04/2021 às 07h22min

Mãe de Henry agora acusa Dr. Jairinho e diz que ele a ameaçava

Monique Medeiros tem tentado convencer a Polícia Civil a ouvi-la novamente. Quando falou, ela protegeu o companheiro, dr. Jairinho

A professora Monique Medeiros, suspeita de participação na morte do filho – o menino Henry , de 4 anos –, deu uma nova versão para o que aconteceu na madrugada de 8 de março, quando o garotinho morreu. A versão foi escrita em uma carta, noticiada na noite deste domingo (25/4) pelo programa Fantástico,  TV Globo.

Além de divulgarem o texto escrito pela mulher, que está presa, os novos advogados da professora afirmaram que ela viveu um ciclo de violência doméstica e ameaças que a levaram a mentir para a polícia sobre a morte do filho. “Preciso prestar novo depoimento, pois fui orientada a mentir”, disse ela, na carta. “Por me convencerem que eu tinha que proteger o Jairinho”, completou.

Ela agora diz que não encontrou o filho caído no chão do quarto do casal, mas dr. Jairinho, que teria chamado por ela naquela madrugada. “Estou sofrendo muito, não há um dia que não chore pela morte do meu filho”, escreveu Monique.

Quando depôs oficialmente, a mãe disse à polícia que havia acordado e encontrado o filho desfalecido no chão e então chamado Jairinho. Agora, Monique afirma que foi “diversas vezes” ameaçada pelo companheiro. O mesmo teria ocorrido com membros da família dela.

O delegado Antenor Lopes, porém, afirmou não ter encontrado nenhum indício de que ela estava sendo ameaçada e resiste a ouvi-la mais uma vez porque a acusada mentiu quando teve a primeira oportunidade de esclarecer a morte do filho. Ele já adiantou que vai indiciar Jairinho e Monique por homicídio duplamente qualificado.
Relatos

“Lembro de ser acordada sendo enforcada enquanto dormia ao lado do meu filho, por um ataque de ciúmes. [Jairinho] me enforcou dormindo”, afirmou Monique no texto, sobre uma das agressões que teria sofrido pelo atual companheiro.

“Peguei ele macerando um comprimido dentro da minha taça na cozinha, escondido”, escreveu ela, em outro trecho.
Entenda o caso Henry

O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março, ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.  Segundo o pai do garotinho, Leniel Borel de Almeida Júnior, ele e o filho passaram o fim de semana juntos, normalmente.


Por volta das 19h do dia 7, Leniel levou o filho de volta para a casa em que Henry morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido).

Ainda segundo o pai de Henry, às 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique e foi informado de que ela estava levando o filho ao hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.

Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O garotinho morreu às 5h42, conforme boletim policial registrado pelo pai da criança.
De acordo com o laudo de exame de necropsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente. Para especialistas, ação contundente seria agressão.

Mãe e padrasto da criança estão presos desde o último dia 8 acusados no envolvimento da morte de Henry.
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