Recentemente, o presídio também recebeu o narcotraficante Jorge Teófilo Samudio, 49 anos, conhecido como Samura. O criminoso, apontado como um dos líderes da facção criminosa carioca Comando Vermelho, foi preso em Mato Grosso do Sul no dia 29 de março.
Veja o perfil de alguns presos que estão na Penitenciária Federal de Brasília:
Luiz Carlos da Rocha, vulgo Cabeça Banca: um dos traficantes mais procurados pela Polícia Federal e pela Interpol na América do Sul. Ele comandava um esquema de tráfico internacional de drogas e foi o responsável por abastecer mensalmente regiões na Europa, África e também nos Estados Unidos.
No Brasil, o criminoso seria o principal fomentador da guerra travada entre quadrilhas rivais de criminosos no Rio de Janeiro e em São Paulo, abastecendo bandidos ligados às maiores facções do país com cocaína mais barata. Ele foi preso no âmbito da Operação Spectrum, em 2017, que investigou e capturou pessoas ligadas ao grupo criminoso de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas liderado por ele.
Sérgio de Arruda Quinliliano Neto, o Júnior Minotauaro: foi preso em fevereiro de 2019 e também está em Brasília. O narcotraficante do PCC se aliou a comparsas no Paraguai na tentativa de assumir o controle do tráfico de drogas e de armas na divisa entre Ponta Porã, no Brasil, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai. O traficante é acusado de ser mandante de vários assassinatos, entre eles, os de um vereador e de um policial.
Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola: líder do PCC, tem 53 anos e foi preso pela primeira vez em São Paulo no final da década de 1990, por roubos a carros-fortes e bancos. Já na cadeia, foi condenado a mais de 330 anos por formação de quadrilha, tráfico de drogas e homicídio. Ele deu entrada no sistema penitenciário federal em 2019 e cumpre pena no Distrito Federal.
Jarvis Chimenes Pavão:: conhecido como “chefão”, “senhor das drogas” e “pai de todos”, tentou dominar o tráfico internacional de drogas na fronteira do país. Matou lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) e iniciou uma guerra sangrenta e cinematográfica contra a facção paulista. Jarvis comandava um esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de bens obtidos por tráfico de drogas.
Em agosto de 2020, por meio da Operação Pavo Real, da Polícia Federal, que faz referência a Pavão, principal investigado na operação, a Justiça Federal determinou o bloqueio de mais de R$ 302 milhões das contas de 96 investigados, entre pessoas físicas e jurídicas, e a suspensão da atividade comercial de 22 empresas utilizadas pela organização criminosa. Foram apreendidos 17 veículos de luxo, com valores individuais de mercado superiores a R$ 100 mil cada.
Pavão está preso na Penitenciária Federal de Brasília. Mesmo local em que um dos seus maiores rivais também cumpre pena, o Minotauro, Sérgio de Arruda Quintiliano. Uma das lideranças do PCC, Minotauro é suspeito de mandar matar a família de Pavão. Os crimes foram cometidos com requintes de crueldade.
Os presídios federais nunca tiveram fuga e rebelião. As unidades contam com vigilância de câmeras de monitoramento em tempo real. Também são feitas revistas visuais como rotina carcerária. Policiais penais treinados constantemente isolam presos de alta periculosidade e garantem que eles estejam desarticulados de suas ações.
Em outubro do ano passado, a Penitenciária Federal de Brasília passou a contar com novos armamentos de grosso calibre e carros blindados, Inédita no cenário da segurança carcerária do país, ocorreu a entrega dos blindados EE-11 Urutu – do mesmo modelo dos “caveirões” empregados pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro para incursões nos morros cariocas.
Com dois anos recém-completados, o presídio federal no DF é o primeiro a ter apoio dos blindados, operados pelos próprios agentes federais de execução penal
Ao mesmo tempo em que promove a prisão e o isolamento, as forças de segurança do Brasil, como a Polícia Federal, recebem apoio da inteligência penitenciária federal para diversas operações, como a Operação Pavo Real e Operação Fast Track, que desarticularam as células jurídicas das organizações criminosas.
A Operação Alegria, também feita com apoio do Depen, apurou corrupção em presídios de Minas Gerais. A mais recente foi a Operação Onix, que prendeu responsáveis por terem atentado contra a vida de servidores federais.