A bancada do Podemos no Senado defendeu, nesta segunda-feira (1°/11), o afastamento imediato do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) da Presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O pedido ocorre por causa das suspeitas de prática de rachadinha no gabinete do senador. O Podemos tem a terceira maior bancada da Casa, com nove senadores.
O partido também pediu que o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), determine um calendário para as votações das indicações de autoridades no plenário, “cumprindo a pauta e auxiliando a distensionar as divergências”.
“A medida tem dois propósitos: permitir ao senador se defender de maneira plena e, ao mesmo tempo, não prejudicar o regular andamento dos trabalhos da mais importante comissão da Casa”, diz a nota, assinada pelos senadores Álvaro Dias (PR), Eduardo Girão (CE), Flavio Arns (PR), Jorge Kajuru (GO), Lasier Martins (RS), Marcos do Val (ES), Oriovisto Guimarães (PR), Reguffe (DF) e Styvenson Valentim(RN)
“As denúncias, que já são objeto de notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal, devem também ser investigadas pelo Conselho de Ética do Senado Federal, colegiado cuja composição atual está com mandato vencido e cuja eleição dos novos membros está pendente”, acrescentou.
No final de semana, a revista Veja revelou que Alcolumbre teria recebido pelo menos R$ 2 milhões por meio do esquema de rachadinha, que é quando o parlamentar fica com parte do salário de assessores. De acordo com a reportagem, seis mulheres foram contratadas como assessoras, mas nunca trabalharam no Senado.
Em nota, Alcolumbre afirmou ser vítima de uma “campanha difamatória sem precedentes” e negou ter ciência, até então, das supostas práticas de rachadinha em seu gabinete.