São Paulo – O caso do menino com autismo de 8 anos torturado por um casal, em Sorocaba (SP), foi um dos mais cruéis que já chegaram a delegacia, segundo os titulares da unidade responsáveis pela ocorrência.
“Caso bastante triste. Comentamos que foi um dos mais cruéis em toda nossa carreira”, declarou a delegada Ana Luiza Carvalho, ao lado do delegado Fabrício Ballarini, ambos do 4º Distrito Policial, ao portal G1.
Segundo apuração, um homem de 57 anos e uma mulher de 59 torturaram a criança e a abandonaram em um matagal no bairro Vila Barão, da cidade na região metropolitana de São Paulo.
Após torturar o menino autista, o homem usou o seu carro para abandoná-lo no matagal
O menino foi encontrado desorientado e com mercas de agressão. Ele havia desaparecido após dizer para a mãe que queria uma caneta para desenhar.
De acordo com a polícia, ele estava andando na rua quando viu que uma câmera de segurança de uma casa estava torta. Fascinado pelo objeto, ele tentou consertá-la.
Neste momento, o menino foi abordado pelo morador do local. O homem desconfiou que a criança queria furtar a câmera e a torturou na expectativa de que ela confesse quem teria mandado pegar o equipamento.
A polícia chegou ao casal após analisar imagens de câmeras de segurança e de operação de busca e apreensão. Na casa dos dois, foram encontrados um caibro com pregos e uma ripa de madeira usados na agressão.
O casal foi preso. O homem foi indiciado pela prática dos crimes de tortura e tentativa de homicídio qualificado, com agravantes de motivo torpe, crueldade, tortura e impossibilidade de defesa da vítima.
Já a mulher foi encontrada escondida na casa da filha do casal, em um bairro próximo. Ela responderá pela prática do crime de tortura.