Mais de um terço da população do Distrito Federal é usuária do transporte público coletivo. São cerca de 1,3 milhão de acessos, segundo dados da Secretaria de Mobilidade (Semob). Quem não utiliza o sistema, de alguma forma, também sofre os reflexos das alterações na tarifa. Por isso, o GDF decidiu congelar qualquer aumento, tanto no itinerário distrital quanto para o Entorno.
A notícia foi dada pelo secretário de Mobilidade, Valter Casimiro Silveira, em entrevista. “Decidimos absorver esse custo para poder diminuir o impacto para sociedade”, afirma. “Estamos pagando um pouco mais de subsídio para não onerar o usuário do transporte público”.
Segundo ele, mesmo com autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para corrigir os valores, as passagens não sofrerão mudanças nas linhas interestaduais de 11 cidades assumidas pela atual gestão. “Se não tenho certeza de que o custo por usuário está correto, estaria aplicando um índice de reajuste em um elemento incorreto”, explica.
Ao longo de 2022, o transporte público e a mobilidade da capital federal terão mais avanços. Ainda no primeiro semestre é aguardada a concessão da Rodoviária do Plano Piloto, com o objetivo de melhorar a manutenção do equipamento público.
Até o meio do ano são esperadas 500 novas paradas de ônibus em todo o DF e a criação de novas faixas exclusivas, em locais como Epia e Epig. A malha cicloviária também terá expansão. A Semob trabalha em um edital com mais 105 km de ciclovias para interligar faixas existentes e fazer novas, em locais como Samambaia e Taguatinga.