Goiânia – Acusado de estuprar mais de 10 crianças, o vendedor ambulante José Ferreira Lima Filho, de 55 anos, conhecido como Darinho, morreu no Centro de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital goiana. A Polícia Civil investiga se a causa da morte foi homicídio.
O homem foi preso no dia 10 de janeiro deste ano e morreu 17 dias depois, no dia 27 do mesmo mês. No entanto, o óbito só foi divulgado nesta sexta-feira (11/3). Segundo o delegado Wesley Silva, responsável pela prisão do acusado, as vítimas o consideravam como “tio por afinidade”.
Em nota, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que, durante a chamada nominal, servidores disseram que José estava passando mal e profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu) atestaram o óbito.
Porém, a sentença que extingue a punibilidade do acusado diz que a morte provavelmente foi um homicídio. De acordo com a DGPA, a Polícia Civil apura o caso. De acordo com a corporação, a comprovação da causa da morte depende do laudo pericial do óbito.
Crimes
José foi preso por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) pelo crime de estupro de vulnerável contra, pelo menos, dez crianças na capital goiana.
As investigações iniciaram após a DPCA de Goiânia tomar ciência de que José Ferreira Lima Filho, 55 anos, conhecido como “Darinho”, teria, em tese, cometido o crime de estupro de vulnerável contra uma criança de apenas 6 anos de idade.
No decorrer da investigação, após o cruzamento de dados, descobriu-se que o suposto autor não teria cometido apenas um estupro, mas também praticado uma série de crimes contra vulneráveis, sendo contabilizada a existência de pelo menos oito crianças vítimas, apenas em Goiânia.
Segundo a polícia, os crimes ocorreriam havia mais de 20 anos, desde 2000, perpetuando-se até os dias atuais, tendo como alvo crianças entre 6 a 12 anos.
Conforme a corporação, os abusos consistiam na prática de sexo oral, conjunção carnal, toque nas partes íntimas (seios, vulva e nádegas), masturbação, estimulações nos clítoris de crianças enquanto dormiam, ameaças sexuais no sentido de que iria “tirar a virgindade”, dentre diversas outras situações de conotação explicitamente sexual.
Após a consumação de seus atos, o autor ameaçava as vítimas, visando que elas mantivessem o silêncio e não expusessem aos familiares o ocorrido.