19/05/2022 às 03h27min - Atualizada em 19/05/2022 às 03h27min

Auxílio Brasil: Bolsonaro sanciona valor mínimo permanente de R$ 400

Planalto não informou se houve vetos. MP do governo garantia piso de R$ 400 só até o fim de 2022, mas parlamentares o tornaram permanente

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou, nesta quarta-feira (18/5), a medida provisória que torna permanente o valor mínimo de R$ 400 para o Auxílio Brasil – programa que concede subsídio a famílias de baixa renda, em substituição ao extinto Bolsa Família. O governo não informou se houve vetos à proposta.
 
O chefe do Executivo federal editou a MP em dezembro do ano passado, mas o texto ainda precisava do aval do Congresso Nacional para se tornar lei. Como os parlamentares alteraram o texto original enviado pelo governo, a proposta precisou voltar ao Palácio do Planalto.
 
O benefício social foi criado em dezembro, mas sua implementação dependia da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que permitiu a renegociação do pagamento de precatórios.
 
A postergação da quitação dos débitos da União abriu margem fiscal para a execução do Auxílio Brasil. No entanto, a promulgação da PEC dos Precatórios só ocorreu no fim do ano passado, o que atrasou os planos do Executivo federal e postergou a votação da MP para o início deste ano.
 
Sobre o Auxílio Brasil
1. De quanto é o benefício?
O governo federal paga R$ 400 para 17 milhões de famílias de baixa renda que já eram atendidas pelo Bolsa Família. O programa social deve custar aos cofres públicos R$ 84,7 bilhões em 2022.
 
2. Quando começou a valer?
O pagamento do Auxílio Brasil começou em novembro do ano passado. O mês não teve novas parcelas do Auxílio Emergencial, já que a última foi pega em outubro.
 
3. Quem deve receber o benefício?
O auxílio será pago a famílias em situação de extrema pobreza e em situação de pobreza – desde que um dos membros seja gestante ou tenha menos de 21 anos.
•             Situação de extrema pobreza: famílias com renda de até R$ 89 por pessoa; e
•             Situação de pobreza: famílias com renda mensal que varia de R$ 89,01 a R$ 178 por pessoa.
 
4. Como faço o cadastramento?
Ainda não há detalhes, mas a expectativa é que sejam utilizados os próprios dados do Bolsa Família e do Cadastro Único.
 
5. Quais são as modalidades do programa?
Três benefícios vão formar o “núcleo básico” do programa:
•             Benefício Primeira Infância: para famílias com crianças de até 3 anos incompletos;
•             Benefício Composição Familiar: para famílias que tenham gestantes ou pessoas de 3 a 21 anos;
•             Benefício de Superação da Extrema Pobreza: esse benefício será concedido se a renda mensal per capita da família ainda estiver abaixo da linha de extrema pobreza, mesmo após computadas as “linhas” anteriores.
•            
Outros seis benefícios serão pagos à base atual do Bolsa Família:
 
•             Auxílio Esporte Escolar: destinado a estudantes com idades entre 12 e 17 anos incompletos que se destaquem nos Jogos Escolares;
•             Bolsa de Iniciação Científica Junior: destinada a estudantes com bom desempenho em competições acadêmicas;
•             Auxílio Criança Cidadã: para o responsável por família com criança de zero a 48 meses incompletos que não consiga vaga em creches públicas ou privadas;
•             Auxílio Inclusão Produtiva Rural: pago por até 36 meses aos agricultores familiares inscritos no Cadastro Único;
•             Auxílio Inclusão Produtiva Urbana: destinado a quem estiver na folha de pagamento do programa e comprovar vínculo de emprego formal; e
•             Benefício Compensatório de Transição: destinado a famílias que estavam na folha de pagamento do Bolsa Família e perderem parte do valor recebido na transição para o Auxílio Brasil.


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