A seis meses das eleições de outubro, em que o governador luta com todas as armas para se manter por mais quatro anos no poder, a “esmola social” distribuída, pessoalmente por ele, nos municípios do Entorno e no restante do estado, são como se fossem “santinhos” da propaganda eleitoral.
Os modus operandi caiadista começou chamar a atenção do próprio Ministério Público Eleitoral sobre a distribuição dos “cartões mães de Goiás”, que ocorre em cima de palanques armados que reúne, além de Caiado, pré-candidatos a deputados estaduais, federais e prefeitos de plantão.
As denúncias chegadas ao MPE-GO, referem-se à distribuição dos cartões como “um gesto simbólico pela compra de votos”, expondo Ronaldo Caiado, em fotos, vídeos e discursos do governador.
Na visão dos mais criticos, a velha política goiana, que está no seu fim, criou um novo conceito: “se não existe almoço de graça, esmola também, não”.
Voltando a banda mais pobre do estado, o Entorno continua no mesmo status quo de sempre. A população segue abandonada, há décadas, de todas as políticas públicas.
O que há de diferente nesse ano político, em meio ao eleitorado do Entorno, é a informação chegada à palma das mãos, que faz do cidadão ficar mais esperto na hora de depositar o voto na urna.
A alta rejeição de Caiado na região, conforme levantamentos qualitativos realizadas no mês passado, fazem os prefeitos caiadistas da região a não se moverem pela reeleição do governador goiano.
Nenhum deles quer sair as ruas para pedir votos por não terem o que dizer.
Os chamados prefeitos eleitos e reeleitos, no pleito municipal de 2020, preferem não arriscar a própria pele ao confrontar o eleitorado do Entorno, cada vez mais revoltado com os políticos.
Além do mais, a prefeitada do Entorno enxerga que as eleições municipais de 2024 estão bem ali.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Siga o #RadarDF