07/08/2022 às 06h44min - Atualizada em 07/08/2022 às 06h44min

Caiado chega ao fim do governo, sem fazer nada pelo Entorno, mas exige voto

região mais pobre do estado de Goiás, segue sem hospitais para atender os mais de 1 milhão de goianos e sem obras de infraestrutura que viabilize o desenvolvimento dos seus municípios e que diminua as desigualdades sociais da região. Mas, Caiado quer o voto novamente

Tony Duarte
Radar DF

 
Começa a contagem regressiva para o fim do governo de Ronaldo Caiado (União Brasil), sem que ele tenha cumprido as promessas feitas, em 2018, de que iria tirar os municípios do Entorno do abandono.
 
A paisagem, sem a presença do Estado, na região, é a mesma: milhares de famílias vivendo a baixo da linha de pobreza e sem expectativa de desenvolvimento.
 
Nos últimos 30 anos, a população adulta do Entorno, nasceu nas maternidades de Brasília, porque os sucessivos governos de Goiás nunca ligaram para construir hospitais de alta complexidade.
 
Um jovem estudante, que sai do ensino fundamental, tem como única opção, buscar o ensino médio e superior na capital federal por ser o centro mais desenvolvido da região.
 
Nos últimos quatro anos do governo Caiado, apesar das promessas, não ocorreram nenhuma melhoria nos serviços básicos, como saúde, educação e segurança.
 
Além disso, o povo sofre com a escassez crônica de serviços que ajude as famílias saírem da vulnerabilidade e inanição social.
 
Neste período de campanha eleitoral, o governador voltou a aparecer nos municípios do Entorno, com o mesmo discurso e as mesmas promessas de 2018.
 
Ao povo pobre o governador distribui cartões com um crédito de R$ 250, repassado para pessoas que passam fome.
 
A oferta foi apelidada nos municípios como “esmola do caiado”. Até maio passado, o povo se espremia nas filas para conseguir uma. Caiado se vangloriava com a fome popular.
 
“Nada é mais gratificante na vida do que contribuir quando as pessoas estão vivendo em situação de dificuldade, de carência”, dizia a cada entrega no Entorno.
 
O governo caiadista, surgido na eleição passada, com o discurso de mudanças, chega ao fim sem ter mudado absolutamente nada, na “terra do nem”
 
O hospital Hugo Nove, de Aguas Lindas de Goiás, que serviria para atender o Entorno, continua sendo o retrato do escombro e da corrupção.
 
Alguns dos prefeitos da região se aventuram em apoio a um candidato que não cuida do seu povo. Um deboche!
 
Estes estão fadados ao fracasso nas próximas eleições municipais de 2024. A conta chegará pelas urnas.
 
Voltando a Caiado, que até maio passado, alardeava vencer a eleição para o Palácio das Esmeralda no 1º turno, agora sabe que terá que enfrentar o seu principal adversário, o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriotas).
 
Ao contrário de Caiado, que exige o voto do eleitor, sem fazer nada pelo Entorno, Mendanha, caso se eleja, criará a Agência Metropolitana do Entorno.
 
O objetivo, segundo ele, é sanar, de uma vez por todas, o caótico sistema de transportes coletivos da região. A unidade de governo também vai dotar o Entorno de políticas públicas que irão fortalecer a saúde, a educação e a segurança, além de fomentar empregos e aquecer a economia.
 
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Siga o #RadarDF


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