12/02/2023 às 06h43min - Atualizada em 12/02/2023 às 06h43min

Lula cai na real e percebe que a presidência da república perdeu o protagonismo e ele é mero expectador

Agora o atual presidente Lula se deu conta que o tal presidencialismo de coalisão nada mais é do que o governo passar a ser manobrado pelas casas legislativas e principalmente pela vontade de seus presidentes que pautam a seu bel-prazer temas de seus interesses.

​Terra Brasil Notícias
Foto: Reprodução.

A presidência da República não tem mais o protagonismo de outrora, depois dos escândalos do mensalão e da operação lava-jato, além do impeachment de Dilma Rousseff, o congresso e o STF tomaram pra si a deliberação das principais pautas nacionais e a Presidência da República se apequenou, prova disso foi o governo Bolsonaro que praticamente não conseguiu emplacar suas diretrizes, principalmente as identitárias, as bandeiras levantadas por Bolsonaro em 2018 foram anuladas, ora pelo congresso, ora pela Suprema Corte que decidiu praticamente tudo, sempre sendo acionada por partidos de esquerda, tolhendo a vontade popular da maioria que elegeu o presidente de uma corrente mais a direita e conservadora.

Agora o atual presidente Lula se deu conta que o tal presidencialismo de coalisão nada mais é do que o governo passar a ser manobrado pelas casas legislativas e principalmente pela vontade de seus presidentes que pautam a seu bel-prazer temas de seus interesses. As medidas provisórias, uma arma que era muito usada nos governos petistas passados, já não se sustenta em pé, seja por uma decisão do STF quando provocado, seja da análise pelas casas legislativas que derrubam ou deixam caducar para que se perca a validade.

O governo Lula se vê em uma situação difícil, gastou praticamente todo seu poder de barganha para aprovar a PEC da gastança e vencer a disputa pela presidência do senado, prova disso é o controle do Banco Central que é agora autônomo e Lula sonha com a chave do cofre para poder controlar a política monetária do país, quando quis se insurgir para derrubar o atual presidente, Campos Neto, indicado por Bolsonaro, a base “aliada” avisou que ele lutaria uma guerra perdida. O governo lula fatalmente está fadado ao fracasso e não conseguirá fazer o que lhe der na “telha”, provavelmente será como ele mesmo apontou, uma espécie de “Rainha da Inglaterra”.

Junior Melo (Advogado e Jornalista)


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