Um outdoor apócrifo tem chamado a atenção de quem passa pela Quadra 3 do Park Way. Na peça, os distritais estão divididos entre os que querem “vender” e os que querem “defender” o Hospital de Base do DF. O projeto do governo de transformar a unidade em um instituto gerido por terceiros divide opiniões, inclusive na Câmara. Quem apoia a ideia oficial enxerga uma solução para o falido sistema de saúde do DF. Os contrários à medida alertam para a brecha que a iniciativa pode abrir para o descontrole de gastos públicos.
Mudança de estratégia
Até poucos dias atrás, o presidente do PTB no Distrito Federal, Alírio Neto, aparecia nas fotos abraçado com o ex-vice-governador do DF Tadeu Filippelli (PMDB), indicando uma possível aliança para 2018. Não contava, porém, que o peemedebista fosse preso na Operação Panatenaico, da Polícia Federal, acusado de desviar dinheiro do Mané Garrincha. Alírio agora mudou a estratégia. Em entrevista à TV Radar no sábado (10/6), voltou a sua artilharia para Rodrigo Rollemberg (PSB), chamando-o de “mentiroso” e “estelionatário”. Afirmou ainda que o governador tem “interesses” monetários em trazer as Organizações Sociais para tomar conta da saúde do DF. (veja vídeo a seguir).
“Desespero”
O vídeo provocou mal-estar entre os correligionários de Rollemberg. O PSB soltou uma nota de repúdio às declarações do pré-candidato ao governo do DF. “Essa nova atitude agressiva é sinal de desespero e de medo de que, no próximo ano, as urnas confirmem e reconheçam a responsabilidade da atual gestão, dando-lhe novo mandato”, diz o documento do partido do governador.
“O farmacêutico deveria ter vendido veneno de rato para ele”, esbravejou um homem que comprava medicamentos na Drogasil da QI 11 do Lago Sul nesta segunda (12/6). O desaforo quase alcança seu destinatário, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que acabava de sair do estabelecimento levando remédios. Ele é um dos investigados pelo STF na Lava Jato. Ali, vende-se de tudo, menos paciência. Diante dos insistentes escândalos de corrupção, a intolerância chega a doses cavalares.
Quem leva o concurso?
A banca organizadora do concurso da Câmara Legislativa, um dos mais esperados do ano, ainda não foi escolhida pela Mesa Diretora. Há três empresas interessadas: Fundação Getulio Vargas, Iades e Cebraspe, antigo Cespe/UnB, entidade que perdeu o Enem recentemente. Nos bastidores da Casa, o que se fala é que os distritais tendem a escolher a FGV. A conferir nos próximos dias.
No páreo
Valmir Campelo filiou-se ao PPS no último sábado (10/6) e pode disputar um cargo majoritário nas próximas eleições ao lado de Cristovam Buarque (PPS). Eles já estiveram em lados opostos, em 1994, quando Campelo perdeu a vaga no Buriti para o então petista. Ex-ministro do TCU, Campelo se aposentou no tribunal em 2014. Deixou a vaga aberta para Gim Argello, que foi indicado por Dilma Rousseff e acabou desistindo do TCU. Hoje, Gim está preso e Valmir, que já pertenceu ao mesmo partido do ex-senador, sonha em voltar à cena política local. Mas em outra sigla.
Dever de casa
Com decisões que, volta e meia, têm questionado o racionamento, o TJDFT mostra que está fazendo o dever de casa. No ano passado, o tribunal garante ter reduzido em 1.475m³ o consumo de água em relação a 2015, mesmo com a inauguração de dois fóruns. Segundo o TJ, a quantidade é suficiente para atender as necessidades básicas de uma pessoa por 40 anos, ou de 14.750 brasilienses em apenas um dia.
“O grito da história”
Citado na delação da Andrade Gutierrez e um dos alvo da Operação Panatenaico, o advogado Luís Carlos Alcoforado decidiu se defender de uma forma, digamos assim, literária. Em texto de três páginas, ele afirma, entre outras coisas, que “a palavra do delator criminoso no Brasil vale mais do que uma sentença judicial de primeiro grau”. “Assim, os criminosos sempre ganham o jogo! O jogo da vida e da cidadania!”
(Com edição de Márcia Delgado)
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