Lira não aceitou a proposta do Senado de resolver o impasse sobre o rito de tramitação das medidas provisórias com uma "alternância" entre as Casas. Por essa ideia, uma MP começaria a tramitar pela Câmara, e a medida seguinte, pelo Senado.
O presidente da Câmara insistiu na defesa da institucionalização do sistema instituído durante a pandemia de Covid, em que todas as MPs entram no Congresso pela Câmara, sem a formação de uma comissão mista.
De forma dura – para surpresa de Pacheco –, Lira disse que, se o STF restabelecer o rito constitucional ou houver um ato de força do Congresso restaurando as comissões mistas, Lira não vai mais pautar medidas provisórias.
Neste caso, disse Lira, segundo relatos, o governo teria que transformar as medidas provisórias em projetos de lei de urgência.
às medidas provisórias; Arthur Lira afirma que acredita em acordo entre as casas
Terminado o encontro, Pacheco relatou a interlocutores o impasse com Arthur Lira.
Os líderes no Senado decidiram se reunir na tarde desta quarta, e devem defender o restabelecimento imediato do trâmite constitucional com a instalação das comissões mistas.
O governo foi informado do resultado da reunião e demonstrou preocupação.
Procurado pelo blog antes do encontro, Lira foi categórico: disse que a ideia de passar a alternar com o Senado a recepção das MPs "não tem aval de nenhum líder da Câmara".