Moradores da região de chácaras do Parque Marajó, em Valparaíso de Goiás, estão assustados desde que 14 ovelhas apareceram mortas na manhã de terça-feira (6/6). A suspeita é de que uma onça esteja circulando pelas terras e causando os estragos. Na manhã desta quarta-feira (7/6), equipes da Secretaria de Meio Ambiente foram até o local para fazer perícia.
Caseiro do lote, Carlos Alberto de Sousa, 34 anos, conta que ele e a mulher não ouviram nada na madrugada do ocorrido, mas chegaram a ver a onça preta pela manhã. "Ela estava puxando uma das ovelhas mortas", recorda. Ao todo, eram 17 ovelhas na propriedade, restando apenas três, que ficaram machucadas. "O desastre foi grande", lamenta.
Antônia Maria Carvalho, 38 anos, acordou cedo para ver os animais da propriedade e encontrou três ovelhas mortas do lado de fora do curral. Ao abrir, se deparou com a cena. "Era ovelha com a cabeça arrancada, com as pernas quebradas e muito sangue para todo lado. Horrível", relembra a caseira. Ela disse que são duas onças rondando o local.
Proprietária da chácara, Eunice Araújo Vieira, 47 anos, conta que o susto foi grande. "Ligaram para a gente de manhã, dizendo que tinha acontecido algo e, quando chegamos, só vimos o estrago", conta. "Triste demais ver as ovelhas mortas assim, porque pegamos para criar. Meu marido adora a criação de animais", disse. Além de ovelhas, também criam gado, galinhas, porcos, égua, burro e cabras. O prejuízo estimado para o proprietário do lote é de R$ 15 mil.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, diante da gravidade dos fatos e da necessidade de uma intervenção especializada, a equipe de resgate de animais silvestres, composta por biólogos e médicos veterinários, vai realizar a perícia no local do ocorrido e tomar as medidas necessárias.
"Nossa equipe de especialistas em vida selvagem está empenhada em conduzir essa avaliação de maneira criteriosa e responsável, buscando encontrar soluções adequadas para proteger tanto as espécies silvestres quanto os animais de criação nas áreas da região", emitiu em nota a pasta. "Nosso objetivo é promover uma convivência harmoniosa entre a fauna nativa e a atividade agropecuária, garantindo a segurança de todos os envolvidos", concluiu.