03/07/2023 às 07h22min - Atualizada em 03/07/2023 às 07h22min

Tribunal de Contas da União deve abrir processo para Bolsonaro pagar custos de reunião com embaixadores

'Caçada implacável', lamenta o ex-presidente da República

O Tribunal de Contas da União (TCU) pode instaurar, no decorrer dos próximos quatro meses, processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A investigação seria referente à reunião dele com embaixadores, no Palácio da Alvorada, em julho de 2022.

Na ocasião, o então presidente da República teceu críticas ao sistema eleitoral brasileiro. Bolsonaro disse, por exemplo, não ter plena confiança nas urnas eletrônicas.

Por causa do encontro com o grupo de embaixadores, Bolsonaro foi condenado na última semana pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com a maioria da Corte, ele cometeu dois crimes em virtude da reunião: abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Dessa forma, ele se tornou inelegível por oito anos — a contar a partir da realização do primeiro turno das eleições gerais do ano passado, em 2 de outubro.

Corregedor-geral do TSE e relator do processo que culminou na inelegibilidade do ex-presidente da República, o ministro Benedito Gonçalves indicou que vai levar o caso ao TCU. Na visão dele, é necessário averiguar se houve danos ao erário (cofres públicos) a partir da reunião entre Bolsonaro e embaixadores. Em caso positivo, o político terá de arcar com os custos.

Se Gonçalves encaminhar o pedido, o presidente do TCU, Bruno Dantas, indica o tempo que isso levará. “Caso o TSE envie o caso, creio que levará de três a quatro meses para a possível instauração da tomada de contas especial, ou seja, ocorreria entre setembro ou outubro”, afirmou ele, segundo informou o jornal O Globo.

Bolsonaro se manifesta sobre a possibilidade de se tornar alvo do TCU por causa da reunião com embaixadores

Impedido de se candidatar a qualquer cargo público até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral, Jair Bolsonaro se manifestou — de forma sucinta — diante da possibilidade de, além de inelegível, acabar como alvo de processo no TCU. “Caçada implacável”, definiu o ex-presidente da República ao compartilhar a manchete de O Globo em seu perfil no Twitter.

 


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