12/07/2023 às 13h46min - Atualizada em 12/07/2023 às 13h46min

Acionado por fala que compara professor a traficante, Eduardo Bolsonaro é campeão de representações no Conselho de Ética

Um quarto das denúncias apresentadas ao Colegiado em 2022 teve o parlamentar como alvo; neste ano, político já responde por discussão sobre facada do pai em que chamou deputado do PT de ‘veado'

FOTO: ​O deputado Eduardo Bolsonaro discursa na tribuna da Câmara Pablo Valadares/Câmara dos Deputados/26-02-2023

O PSOL está entrando nesta segunda-feira, no Conselho de Ética da Câmara, com uma representação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
 
O motivo, de acordo com a colunista Malu Gaspar, são falas do parlamentar que compararam professores a traficantes, proferidas durante ato pró-armas realizado no último domingo, em Brasília. A denúncia não deve representar uma novidade para o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro: no ano passado, Eduardo foi o maior alvo de reclamações junto ao órgão que fiscaliza o decoro parlamentar, com sete das 27 queixas protocoladas no período, o equivalente a cerca de 25,9% do total.
 
Em 2023, ele já responde no colegiado por uma discussão em que chamou um deputado do PT de “veado”, entre outros xingamentos.
 
Entre as sete reclamações em desfavor do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro no último ano, figura o deboche feito à jornalista e colunista do GLOBO Míriam Leitão. À época, o deputado escreveu em suas redes sociais estar “ainda com pena da cobra”, numa referência a um dos métodos empregados pelos torturadores da jornalista durante a ditadura militar.
 
Em outra ação, o político responde por comparar deputadas de esquerda à “gaiola das loucas”, em apoio a falas misóginas do deputado federal Delegado Éder Mauro (PL-PA).
 
"Parece, mas não é a gaiola das loucas, são só as pessoas portadoras de vagina na CCJ sendo levadas à loucura pelas verdades ditas pelo Dep. Éder Mauro", escreveu em uma postagem no Twitter, junto ao vídeo que mostra o Delegado falando ao mesmo tempo que a deputada Maria do Rosário.
 
Ele afirma que "não iria chamar um médico para ela porque ela não estava no plenário", durante a sessão virtual.


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