13/11/2023 às 05h47min - Atualizada em 13/11/2023 às 05h47min

Parque da Cidade ganha armadilhas para combater Aedes aegypti

Aparatos funcionam como alternativa biológica completamente segura e eficaz para extinguir população do mosquito transmissor da dengue

​A armadilha é uma solução biológica completamente segura e altamente eficaz que não trará prejuízo aos usuários | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília

O Governo do Distrito Federal (GDF) segue investindo em alternativas para reduzir os índices de transmissão de doenças causadas pelo Aedes aegypti na capital. A ação mais recente ocorreu na última semana, com a instalação, no Parque da Cidade, de 20 caixas de armadilhas que ajudam a combater o mosquito vetor da dengue, zika e chikungunya.

Os aparatos, instalados em pontos estratégicos, foram doados à Secretaria de Esportes e Lazer (SEL-DF) e repassados para a Administração do Parque da Cidade. “Essa ação é o resultado do comprometimento da pasta e da administração com o bem-estar e com a saúde de todos que passam pelo parque”, enfatiza o secretário Julio Cesar Ribeiro.
 
As armadilhas, intituladas “aedes do bem”, são produzidas pelo grupo Brasil Saúde Ambiental, representante da empresa Oxitec. Trata-se de uma solução biológica completamente segura e altamente eficaz que não trará prejuízo aos usuários.

Cada unidade conta com seis mil ovos de machos do mosquito geneticamente modificados com um gene autolimitante, que impede a proliferação de fêmeas do Aedes aegypti. “São as fêmeas que picam as pessoas e transmitem a doença. Além disso, os machos não são atraídos pelo sangue humano, como as fêmeas, mas pela seiva de plantas”, explica Gabriel de Matos Franco, gestor do projeto.
 
O objetivo é substituir a população de mosquitos fêmeas transmissoras da doença pelos vetores geneticamente modificados. “A caixa permite que o macho se desenvolva e busque a fêmea para acasalar. Ocorre, porém, que desta linhagem só surgirão outros machos portadores do mesmo gene autolimitante, reduzindo drasticamente a população”, continua.

A ideia é que a iniciativa fique no Parque da Cidade por, pelo menos, cinco meses, havendo uma coleta a cada dois meses para avaliar a eficácia da ação. As 20 caixas estão espalhadas pela Administração, no Castelinho, no lago e no parquinho Ana Lídia.

Bem-estar dos usuários
A instalação das caixas despertou a curiosidade da advogada Éden Lino, 53 anos. Frequentadora do Parque da Cidade há muitos anos, ela elogiou a iniciativa. “Me sinto amparada com essa ação do GDF. Sabemos que não há antídoto para a dengue e que é uma doença séria, que acarreta na morte de várias pessoas. É uma proposta muito interessante”, avalia.
 
As melhorias apontadas pelos usuários são resultados do esforço contínuo do GDF para ampliar a qualidade de vida de quem frequenta o maior parque urbano da América Latina. “Na nossa gestão, temos procurado mostrar que, quando a gente se une com profissionais e pessoas que amam o parque, é possível fazer uma gestão compartilhada com a comunidade”, ressalta o administrador Todi Moreno.

Moreno destaca as ações da Administração para garantir o bem-estar dos frequentadores. “Estamos com operações mais intensas de limpeza. Apenas neste semestre, realizamos duas limpezas no Lago do Parque. Temos envidado esforços para fazer do maior parque urbano da América Latina o mais limpo também”, completa.


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