As 11 novas tendas de acolhimento aos pacientes com dengue anunciadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) atuarão como hospitais de campanha, com consultórios, equipamentos, mobiliário e climatização. O objetivo é aumentar a capacidade de acesso das pessoas logo que apresentem os primeiros sintomas da doença.
As estruturas são bem mais complexas e maiores do que as das tendas montadas anteriormente. Para a instalação é necessário haver pontos de energia e de água, além de rede de esgoto, serviços que são preparados pela área de engenharia da Secretaria de Saúde (SES-DF). Também foram priorizados espaços próximos a unidades de Saúde, como hospitais, unidades de pronto-atendimento (UPAs) e unidades básicas de saúde (UBSs), para facilitar casos de remoção de pacientes.
“Vamos garantir uma melhor estrutura para os pacientes e servidores porque os profissionais vão conseguir fazer a triagem, dar encaminhamento e o tratamento devido de acordo com a situação. Se for um atendimento de rotina, o paciente recebe os procedimentos e hidratação, e se for algo mais agravado ele poderá ser encaminhado ou removido a uma unidade de Saúde”, explica o subsecretário de Infraestrutura na Saúde da SES-DF, Leonídio Neto.
Os esqueletos das tendas têm uma montagem rápida, de aproximadamente três horas e contam com caídas e calhas de água para drenagem. No entanto, após a instalação, começa outra etapa da montagem, mais demorada e que requer mais cuidado, como a disposição do piso elevado, a implantação das divisórias para os consultórios, a instalação de mobiliário e equipamentos (como os ares-condicionados para a climatização do ambiente) e o aterramento. Tudo sob a vistoria da engenharia da SES e seguindo os normativos da Defesa Civil do Distrito Federal.
Com a finalização da montagem estrutural, vem a incorporação dos profissionais de saúde. Dessa vez, o atendimento será feito por uma equipe selecionada pelo vencedor do edital de chamamento público para a formação do convênio. Além de uma equipe própria, a instituição responsável fornece toda a parte estrutural, além de insumos e medicamentos.
“É uma nova mão de obra para reforçar esse atendimento porque, além da dengue, estamos passando por um período de sazonalidade das doenças respiratórias”
Leonídio Neto, subsecretário de Infraestrutura na Saúde
Cada tenda terá, no mínimo, um coordenador, três médicos (entre esses, um pediatra), um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem, dois técnicos de laboratório, um especialista em laboratório (biomédico ou farmacêutico bioquímico), dois apoios administrativos, um farmacêutico, pessoal de limpeza e pessoal de segurança.
“Não vamos precisar tirar nenhum servidor da saúde de seus postos de trabalho. É um reforço que vem para facilitar o trabalho dos nossos profissionais, que vão continuar fazendo os atendimentos nos hospitais, UPAs e UBSs. É uma nova mão de obra para reforçar esse atendimento porque, além da dengue, estamos passando por um período de sazonalidade das doenças respiratórias”, complementa Neto.
Serão oito tendas com atendimento diário das 7h às 19h no Plano Piloto, Vicente Pires, Varjão, Taguatinga, Planaltina, Águas Claras, Ceilândia e Samambaia. Outras três funcionarão 24 horas no Gama, Guará e Paranoá.
Desde o início do ano, o DF já conta com nove tendas de hidratação, espalhadas por várias regiões do DF: Sol Nascente, Brazlândia, Ceilândia, Estrutural, Recanto das Emas, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião e Sobradinho. Como suporte à assistência nas UBSs, entre 20 de janeiro e o dia 14 deste mês, os espaços atenderam mais de 63 mil pacientes, uma média de 1,2 mil por dia.
Confira onde serão instaladas as novas tendas de acolhimento a pacientes com sintomas de dengue
Com funcionamento 24h
→ Gama: estacionamento do Hospital Regional do Gama (HRG)
→ Guará: em frente à UBS 1
→ Paranoá: estacionamento do Hospital da Região Leste